Período de estiagem reduz a capacidade proteica e nutritiva dos pastos, sendo necessário investir na suplementação animal
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O inverno é um dos períodos mais críticos para os produtores rurais que trabalham no setor da pecuária. A ausência de chuvas, as quedas na temperatura e na umidade relativa do ar são fatores que prejudicam o valor nutricional das pastagens, sendo necessário adotar um planejamento de suplementação animal para complementar a dieta dos rebanhos.
Diante da alta do dólar e do interesse dos países estrangeiros pela carne brasileira, é fundamental manter a alta qualidade do produto final para continuar suprindo essa demanda e manter a boa aceitação dos produtos nacionais no mercado externo. Para isso, nos meses de junho a setembro, suprir os déficits nutricionais com produtos e subprodutos feitos à base de grãos para alimentação animal é cada vez mais necessário.
Durante os meses em que há boa ocorrência de chuva, de umidade e temperaturas adequadas para os pastos tropicais, manter a alimentação animal com a pastagem é uma boa alternativa. No entanto, caso o pecuarista deseje planejar suas produções com ciclo curto ou esteja enfrentando períodos de estiagem, adotar a suplementação animal é essencial para manter os níveis de crescimento, engorda e produção de leite constantes.
De acordo com estudos da Embrapa, os pastos brasileiros sofrem uma alta deficiência proteica nos períodos em que não há chuvas, como no inverno. Essa deficiência pode levar os animais a perder peso e paralisar suas atividades, como a lactação no caso do gado leiteiro.
Em animais que estão em gestação, por exemplo, a falta de proteína pode afetar o desenvolvimento do feto e deixar a mãe mais suscetível a doenças. Na produção de carne, a insuficiência nutricional interfere na qualidade final do produto a ser comercializado e na produtividade.
Para fugir desses riscos, o planejamento da suplementação animal deve ser feito com atenção e cuidado de acordo com as particularidades de cada fazenda. Uma excelente estratégia é optar por alternativas tecnológicas e recomendadas por instituições de pesquisa.
Na pecuária leiteira, por exemplo, o pesquisador Maykel Sales, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), recomenda realizar a suplementação tanto com volumosos quanto com concentrados. Além de incluir na dieta capineiras, fenos, cana ou outros volumosos, também é importante oferecer rações concentradas feitas com grãos enriquecidos na proporção de 1 quilo de ração para cada 3 litros de leite produzidos.
Na pecuária de corte, ainda de acordo com o pesquisador, as principais recomendações orientam o produtor a complementar a dieta animal com silagem de milho e sais proteinados. Independentemente do tipo de atividade e do perfil da produção, o primordial deve ser o planejamento da suplementação para agir no momento certo, bem como evitar perdas e prejuízos.
Vale a pena ressaltar que a suplementação animal não beneficia só o setor pecuarista dentro do agronegócio. A alta na demanda de ração também impacta de maneira positiva o setor de grãos, já que de acordo com a Agência Embrapa de Informação Tecnológica (AGEITEC), cerca de 60% a 80% do milho em grão é destinado para a alimentação animal no Brasil.
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Fonte: Animal Business e Agrolink.