Sanidade animal: aumenta o cuidado sanitário na criação de suínos

13 de agosto de 2020 4 mins. de leitura
O controle de doenças como a peste suína africana tem aumentado devido ao potencial risco de uma crise global
Quer impulsionar seus negócios? Se inscreva no Summit Agronegócio, evento que reúne os maiores especialistas em agro do País. *** A peste suína africana (PSA) é uma doença grave que atinge porcos e está presente em diversos continentes, em especial na Ásia, na Europa e na África. Por conta do risco de se tornar uma pandemia, países e entidades internacionais têm intensificado os esforços para combater a doença e garantir a sanidade dos animais, evitando uma crise sanitária e econômica. A infecção é provocada por um vírus da família Asfarviridae, que não é transmitida ao ser humano, mas causa sérios problemas aos suínos, sendo na maioria das vezes fatal; como não há vacina nem tratamento para a doença, os criadores acabam tendo que sacrificar os animais infectados. A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) informou no ano passado que, só nos países asiáticos, quase 6,2 milhões de suínos foram eliminados para evitar que a peste se alastrasse.

Potencial crise

porcos
Rápida transmissão da peste suína africana pode comprometer toda a criação. (Fonte: Shutterstock)
De acordo com a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), mais de 60% dos suínos domésticos do planeta estão na China, que é o maior produtor e consumidor da mercadoria. A entidade aponta que o gigante asiático já teve quase 400 mil suínos mortos por causa da doença, por isso a alarmante contaminação dos animais no país causa preocupação aos governos, já que o surto afeta a dinâmica do mercado global de carnes e pode atingir até mesmo locais que estão livres da enfermidade. De acordo com a Embrapa Suínos e Aves, caso a PSA chegasse aos Estados Unidos, o prejuízo poderia ser de aproximadamente US$ 16,5 bilhões somente no primeiro ano da doença no país. No Brasil, o impacto seria perto de US$ 5,5 bilhões. A falta de carne de porco poderia abrir espaço para o consumo de outras proteínas, porém a demanda seria muito grande para a capacidade de produção do mercado global. Caso a doença se torne pandêmica, pode haver déficit na alimentação da população, o que resultaria em um problema de saúde generalizado.

Como controlar

A PSA pode ser transmitida através do contato com infectados, pela ingestão de alimentos de origem suína contaminados ou pelo uso de equipamentos ou ambientes que tenham a presença do patógeno. Por isso, é preciso adotar sistemas de controle eficazes, para impedir que os animais entrem em contato com o vírus, suprimindo qualquer potencial vetor. Nesse sentido, adotar medidas de higiene do ambiente e dos trabalhadores é essencial.
veterinário cuidado de porcos
Controlar o ambiente é essencial para garantir a sanidade animal. (Fonte: Shutterstock)
É importante realizar testes para identificar precocemente a doença, impedindo que o vírus se alastre. Caso seja detectado algum caso, é obrigatória a notificação ao órgão responsável no local. Garantir que a criação não seja alimentada com restos de comida ou produtos potencialmente transmissores (crus ou mal cozidos de origem suína) é essencial para o combate à doença. Para evitar a entrada do vírus no País, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) criou, em novembro de 2019, a Comissão PSA, que tem a responsabilidade de definir os mecanismos necessários para garantir que a doença passe longe do Brasil. Quer ficar por dentro das novidades sobre saúde no agronegócio? O Summit Agronegócio reúne especialistas e autoridades para discutir os temas mais relevantes do setor, como vacinação, H5n8, sanidade animal e melhor manejo para um rebanho saudável. Faça parte da evolução do agro e participe do evento mais completo do setor. Para saber mais, é só clicar aqui! Fonte: Embrapa, Organização Mundial da Saúde Animal, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Summit Agro e Estadão.

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