Como a robótica nas fazendas vai mudar a agricultura

6 de janeiro de 2020 4 mins. de leitura
O uso de robôs pode ajudar a reduzir custos e tornar a atividade agrícola mais segura para os humanos

Os braços que antes realizavam trabalhos pesados na agricultura hoje dão lugar a robôs. Pode parecer uma história tirada de alguma obra do mestre da ficção científica Isaac Asimov, mas é uma realidade que vem ganhando espaço no campo e mudando a forma como a agricultura é feita.

Com o avanço da tecnologia e o maior alcance da internet, o campo vem ganhando vários mecanismos que possibilitam uma produção mais eficiente e otimização do tempo, fatores essenciais para que o agricultor possa gerar mais valor para o seu empreendimento. Hoje já vemos ferramentas como drones, pequenas estações meteorológicas, dispositivos ligados à internet e sensores sendo cada vez mais utilizados nas fazendas.

A robótica entra em cena

A robótica nas fazendas está ganhando cada vez mais espaço graças ao aumento das AgTechs, startups voltadas para a área de agricultura e que estão se empenhando em criar modelos eficientes para ajudar na produção de alimentos desde o plantio até o controle de pragas.

Com o uso da robótica nas fazendas, a expectativa é que o trabalho humano será mais bem empregado, já que, por mais inteligentes e avançadas que as máquinas sejam, trabalhos mais especializados e que exijam decisões de grande impacto continuarão sendo feitos por pessoas. Além disso, os robôs podem ser usados em áreas que oferecem maior risco para saúde humana, como a aplicação de defensivos agrícolas.

Esse é o caso do robô 100% autônomo criado pela empresa suíça EcoRobotix. Ele se locomove usando GPS e sensores e consegue operar 12 horas por dia na remoção de ervas daninhas. Para isso, o reconhecimento das plantas é feito por meio de uma câmera que fica na parte frontal do robô e consegue identificar as pragas em meio à plantação. Seus braços mecânicos trabalham incansavelmente para aplicar o herbicida diretamente na planta, o que, de acordo com a fabricante, reduz em 90% o uso do produto.

A eficiência no uso de recursos é o ponto-chave da aplicação da robótica nas fazendas. Além de reduzir o consumo de produtos químicos para o controle de pragas, um único robô consegue realizar o serviço em toda a propriedade, assim, economiza-se também em recursos humanos. E, por fim, o monitoramento do serviço feito pela máquina é muito mais fácil, já que tudo é feito pela internet e pode ser controlado pelo próprio agricultor em um celular ou computador.

Tecnologia nas fazendas do Brasil

Várias empresas brasileiras vêm se empenhando em deixar a agricultura do País mais tecnológica. A Solinftec, por exemplo, vem se destacando no uso da tecnologia no campo e tem trazido uma série de soluções para facilitar a vida dos donos das propriedades. Apostando na agricultura digital, ela monta uma estrutura informatizada e conectada que, através de dados gerados de várias fontes, consegue mapear toda a fazenda e tornar a produção mais efetiva e rápida, gastando menos e tornando a gestão do negócio muito mais eficaz.

Dessa maneira, é possível, por exemplo, monitorar o clima de determinado local e tomar decisões mais assertivas caso a condição climática seja prejudicial para a plantação. As máquinas da propriedade são conectadas para gerar dados que alimentam a plataforma responsável pela análise das informações. De acordo com a empresa, sua tecnologia já está em uso em 6 milhões de hectares, com mais de 30 mil equipamentos agrícolas monitorados. Com esse grande crescimento, a empresa costuma ser citada como um possível próximo “unicórnio”, termo usado para as startups que alcançam um valor de mercado superior a US$ 1 bilhão.

O interessante da agricultura hi-tech é que ela faz uma conexão entre as pessoas e as máquinas que participam do processo, tornando o trabalho muito mais preciso, veloz e menos dispendioso. Com a demanda por alimentos crescendo constantemente, sistemas que possam melhorar a eficiência da nossa agricultura serão muito bem-vindos. O potencial do agronegócio brasileiro combinado com a robótica nas fazendas é o segredo para que o País ocupe o posto de líder na produção de alimentos no futuro.

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Fontes: The Independent, Ecorobotix, Solinftec.

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