Biosseguridade: medidas para garantir a saúde na granja de suínos

31 de março de 2020 4 mins. de leitura
Evitar a disseminação de doenças em granjas de suínos é um desafio de todos os produtores. Algumas medidas de biosseguridade podem solucionar o problema.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) prevê que o valor bruto de produção dos suínos vai atingir R$ 18 bilhões neste ano, um aumento de 11% em comparação ao ano passado. Com esse aumento na demanda, há uma crescente preocupação com a produtividade e a saúde do rebanho. Nesse contexto, a implementação da biosseguridade é cada vez mais importante. Medidas para implementar a biosseguridade em granjas de suínos em geral são caras e requerem disciplina. Contudo, seus resultados compensam: tornam o rebanho mais saudável e, portanto, com maior produtividade.

(Fonte: Mapa/Reprodução)

A biosseguridade é o conjunto de procedimentos que o produtor deve adotar para reduzir a entrada de patógenos em uma granja (biosseguridade externa) e controlar a difusão de doenças no rebanho (biosseguridade interna). Esse conceito está ligado à saúde animal e à medicina veterinária preventiva, cada vez mais em voga.

Em 2017, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) redigiu um documento, revisado posteriormente por especialistas e produtores, com algumas medidas de biosseguridade mínima para granjas de suínos. Alguns dos principais pontos são:

Localização das granjas: recomenda-se que a granja esteja localizada em um lugar tranquilo e longe de outras instalações como frigoríficos e abatedouros. Uma granja também não deve ficar muito próxima de outra. O ideal é que haja uma distância de 3 a 5 quilômetros entre os estabelecimentos. Elas também não devem estar muito próximas à área urbana. Se possível, as granjas de suínos devem ser isoladas por barreiras físicas e naturais.

Livro de visitas: o uso do livro de visitas é imprescindível para um maior controle da saúde dos animais. Há também algumas restrições: só devem ser autorizadas a entrar em uma granja núcleo ou multiplicadora pessoas com mais de 48 horas de intervalo desde o último contato com animais e de 72 horas após a última visita a frigoríficos e outras propriedades com status sanitário inferior.

Controle de animais de estimação: não deve ser permitida a circulação de animais de estimação nas granjas, pois eles podem ser fontes de disseminação de algumas doenças. É preciso tomar cuidado também com rebanhos bovinos ou bubalinos nas imediações da granja: esses animais devem ser vacinados contra febre aftosa.

Programa de controle de pragas: o proprietário da granja de suínos deve fazer uso de serviços profissionais de controle de pragas e roedores. Além da implementação do serviço, orienta-se a monitorização da eficiência do programa. Deve ser verificado semanalmente o número de pragas nas instalações até que seja zerado e a granja esteja finalmente livre de moscas, baratas e pássaros.

Limpeza e desinfecção: para uma limpeza eficiente, a granja deve estar vazia, sem os animais. A lavagem do local deve ser feita com uma bomba de alta pressão com água na temperatura de 60°C e materiais desinfetantes. Depois disso, a granja deve ficar vazia durante pelo menos 48 horas, para secagem adequada.

(Fonte: Mapa/Reprodução)

Essas são só algumas formas de implementar a biosseguridade em granjas de suínos. Mas é importante lembrar que existem várias outras e, com a ajuda da tecnologia, estão surgindo ainda mais. Um exemplo é o do uso do incinerador, equipamento que incinera animais e produtos de origem animal que apresentem algum risco biológico, reduzindo as chances de proliferação de doenças.

A biosseguridade é cada vez mais importante, e é necessário estar atento às inovações dessa área para tornar a granja de suínos mais produtiva.

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Fonte: Embrapa, Suinocultura Industrial

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