Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) escuta agentes da sociedade para embasar futura regulamentação dos produtos plant based
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O Governo Federal avança nas etapas necessárias para a regulamentação dos alimentos plant based no Brasil. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) abriu, até o dia 9 de setembro, uma Tomada Pública de Subsídios para ouvir opiniões de setores da sociedade sobre os produtos processados de origem vegetal.
Em dezembro, o Mapa realizou, com o apoio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), um workshop para falar sobre o mercado, os conceitos, as pesquisas em desenvolvimento e os marcos regulatórios do setor no Brasil frente à crescente demanda em relação aos produtos plant based.
O ministério, com a realização dessas ações, busca fazer um diagnóstico inicial dos cenários prospectivos para implementar um possível marco regulatório desses produtos. O objetivo da normatização é padronizar a produção e o comércio desses alimentos, garantindo características como sabor, nutrição, sustentabilidade, entre outras coisas.
“Se, no primeiro debate, o Mapa abriu sua escuta para associações e especialistas do setor, nesse segundo passo a consulta é ampla, e o Mapa se abre a qualquer colaboração vinda do setor privado, de instituições de pesquisa, associações de classe, sociedade civil organizada ou mesmo manifestações individuais que venham a colaborar para construção do marco regulatório dos alimentos à base de proteínas alternativas”, afirmou Alexandre Cabral, diretor de Políticas Públicas do The Good Food Institute Brasil.
Os produtos plant based, apesar de serem compostos apenas com matérias-primas de origem vegetal, visam refletir os atributos sensoriais e nutricionais dos alimentos de origem animal. No mercado, já existem versões de hambúrguer vegano, leite de origem vegetal e até ovos produzidos à base de plantas.
O mercado dos alimentos à base de vegetais tem crescido com a chegada de empresas tradicionais de carne bovina, companhias de inovação tecnológica e de uma diversidade de produtos à base de proteínas alternativas. De acordo com a estimativa do The Good Food Institute (GFI), o mercado global do segmento pode atingir até US$ 370 bilhões em 2035.
Os alimentos proteicos à base de vegetais podem revolucionar o agronegócio. Por enquanto, a maioria das carnes vegetais utilizam soja e ervilha para obter proteínas em sua composição. Contudo, outros produtos agrícolas têm um bom potencial de aproveitamento no segmento, como trigo, grão-de-bico, ervilha e feijão.
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Atualmente, os alimentos plant based são regidos pela Lei n° 9.972/20 e pelo Decreto n° 6.268/07, que tratam da classificação de produtos vegetais, subprodutos e resíduos de valor econômico. Entretanto, as normas tratam do tema de forma geral e não têm uma especificidade para alimentos que espelham características de produtos de origem animal.
Com a Tomada Pública de Subsídios, o Mapa procura informações específicas sobre o segmento de plant based. Para isso, utiliza um questionário com 23 perguntas, que envolvem temas como:
As questões podem ser respondidas por meio deste link.
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Fonte: The Good Food Institute, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).