O Plano de Fertilizantes visa estimular a produção de insumos no Brasil para readequar o equilíbrio entre a produção nacional e a importação
Publicidade
Conheça o mais relevante evento sobre agronegócio do País
O Brasil consome cerca de 8% de todos os fertilizantes produzidos no mundo, atualmente somos o quarto país que mais utiliza esses produtos na agricultura. Estima-se que cerca de 85% dos insumos utilizados no agronegócio nacional seja importado de países como Rússia, China, Canadá, Marrocos e Bielo-Rússia.
Com base nesses números, o governo federal viu a necessidade de tomar medidas para diminuir a dependência do agronegócio brasileiro da importação de insumos e, então, lançou o Plano Nacional de Fertilizantes (PNF). Entenda mais da iniciativa.
O Plano Nacional de Fertilizantes começou a ser elaborado em 2021 e foi lançado no começo de março em uma cerimônia no Palácio do Planalto. A iniciativa tem como principal objetivo estimular a produção de insumos no Brasil para readequar o equilíbrio entre a produção nacional e a importação.
O principal objetivo do projeto é diminuir a dependência de importações até 2050, dos atuais 85% para 45%, mesmo que a demanda pelos produtos aumente consideravelmente no decorrer dos anos.
O documento é composto de 80 metas e 130 ações estruturantes de curto e longo prazos. Como exemplo, podemos citar o mapeamento de obras paralisadas que, uma vez retomadas e concluídas, podem impulsionar a produção nacional.
Para alcançar as metas, o PNL dispõe de oito pilares fundamentais. Conheça-os a seguir.
A implantação do plano de fertilizantes deverá ser coordenada e acompanhada pelo Conselho Nacional de Fertilizantes e Nutrição de Plantas, um órgão consultivo e deliberativo instituído pelo governo federal por meio de decreto.
O plano de fertilizantes vai muito além do incentivo à produção de insumos em território nacional. Ele também é uma referência para o planejamento do setor nos próximos 28 anos, e suas diretrizes visam favorecer a produção no Brasil, para que ela se torne competitiva no mercado.
Entre as principais ações, podemos citar o incremento de linhas de fomento ao produtor, o incentivo a ações privadas, a expansão da capacidade instalada de produção e melhorias na infraestrutura e na logística nacionais.
A sustentabilidade ambiental também é uma preocupação no plano de fertilizantes, pois ele incentiva a produção nacional com novas tecnologias agroconscientes, como fertilizantes organominerais, orgânicos e subprodutos com potencial de uso agrícola, como os bioinsumos e as biomoléculas, os remineralizadores, os nanomateriais etc.
Segundo o Department of Economic and Social Affairs Population da Organização das Nações Unidas (ONU), a população mundial deve alcançar cerca de 9,6 bilhões de indivíduos em 2050, tornando imprescindível a utilização de terras cultiváveis com a maior produtividade possível e de forma agroecológica.
Com esse cenário em vista, os fertilizantes são insumos essenciais para que a produção agrícola possa suprir a demanda, pois são responsáveis por fornecer nutrientes para as plantações e garantir que elas sejam produtivas e de qualidade.
Sendo assim, o investimento na busca por novas tecnologias e fontes de nutrição agroecológicas é fundamental para a melhoria nos padrões de produtividade por hectare.
Leia também:
Aumento no custo de fertilizantes gera alta no preço de alimentos
Fertilizantes: relação de troca tem melhora para a safra 2021/22
A produção de soja continua rentável com a alta nos fertilizantes
Fonte: Governo Federal.