Níveis corretos de molibdênio nos cultivares permitem fixação adequada do nitrogênio e consequente avanço da plantação
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O molibdênio é um importante nutriente para a saúde humana, presente no solo e podendo ser encontrado em diversos vegetais, como plantas, leguminosas e cereais. Indiretamente, também o consumimos em carnes e leites, visto que os animais se alimentam das plantas que contém esse micronutriente.
Nas plantas, o molibdênio atua em uma via metabólica chamada redutase do nitrato com papel fundamental para auxiliar a absorção de nitrogênio nos cultivares. Para um melhor aproveitamento da absorção do nitrogênio, existe a recomendação de realizar adubação com molibdênio em diversas culturas agrícolas, como soja, feijão e milho. Sua aplicação pode ser via semente ou foliar, e as doses devem ser ajustadas com atenção, pois tanto a falta quanto o excesso de molibdênio podem ser prejudiciais ao plantio.
Os valores não devem ser inferiores a 0,1 mg/kg-1 nem superiores a 5 mg/kg-1 do alimento. Com níveis suficientes de molibdênio, a fixação do nitrogênio pode ocorrer de forma adequada.
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O nitrogênio é um elemento químico encontrado abundantemente na natureza, fundamental para a sobrevivência de quase todos os organismos vivos, mas a maioria não é capaz de retirá-lo da atmosfera para utilização. Para que o nitrogênio seja aproveitado, os seres vivos necessitam de bactérias que atuem como fixadoras do elemento.
Nas plantas, o nitrogênio utilizado pode ser proveniente do ar, do solo ou de fontes sintéticas. Para melhorar o processo de absorção, pode ser realizado um procedimento chamado inoculação, no qual bactérias específicas são adicionadas às sementes antes do plantio, podendo gerar redução de custos na lavoura, visto que promove diminuição do uso de fertilizantes sintéticos.
Já a fixação do nitrogênio proveniente do solo ocorre no processo de decomposição da matéria orgânica, que é natural e constante. A desvantagem desse método é o fato de ser realizado com lentidão, o que pode não ser suficiente para suprir as necessidades do plantio.
Ainda, existem fontes sintéticas de nitrogênio que podem ser usadas no método mais comum e importante hoje. Atualmente, o mercado de fertilizantes sintéticos atinge 100 milhões de toneladas do produto por ano. Quando absorvido pela planta, o nitrogênio é utilizado na formação de estruturas internas, na constituição de DNA e RNA e faz parte da constituição de diversas vitaminas, como tiamina (vitamina B1), riboflavina (vitamina B2), niacina (vitamina B3) e biotina (vitamina B7).
O nitrogênio é convertido em aminoácidos que produzem enzimas e proteínas dentro da planta. Além disso, tem papel importante no processo de fotossíntese. Dada sua grande relevância nos processos metabólicos dos vegetais, a fixação do nitrogênio é essencial para o desenvolvimento adequado de diversos gêneros alimentícios.
Fonte: Tua Saúde, Instituo Agro, Agro GeoAmbiental, Embrapa, CropLife Brasil, Biologia Net.