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Milho: quando e qual é a melhor maneira de vender

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Tanto o Paraná quanto o Rio Grande do Sul têm boas perspectivas em relação à safra do milho neste ano, com ampliação da compra do grão por outros Estados brasileiros e pela Argentina. Isso porque as perspectivas de venda ao longo do primeiro semestre de 2022 estão altas, e a tendência é que continue assim.

Quando vender milho em 2022?

Perspectiva para venda das próximas safras é boa, mas ainda é preciso esperar o melhor momento. (Fonte: Pexels/Reprodução)

Enquanto a compra e a colheita estão sendo realizadas no primeiro trimestre do ano, o melhor momento para venda do grão ainda vai demorar cerca de dois meses para chegar: por volta de abril ou maio. É nesse período que a saca pode atingir o maior preço, comparada até com o valor do produto importado, passando dos R$ 100.

Por enquanto, os preços oferecidos na Região Centro-Oeste do Brasil ainda são competitivos. Portanto, especialistas indicam aos produtores que guardem o que foi colhido até o momento, porque os preços da comercialização tendem a subir ao longo deste primeiro semestre e a ficar mais altos no fim de maio.

Sendo assim, custos com a manutenção de estoque feitos atualmente podem ser recompensados por uma venda mais lucrativa em maio e junho.

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Preços e lucratividade no Paraná e no Rio Grande do Sul

Preço ainda segue competitivo na Argentina e nos Estados do Centro-Oeste brasileiro. (Fonte: Pixabay/Reprodução)

Na região oeste do Paraná, o custo de carregamento do que foi colhido entre dezembro de 2021 e janeiro de 2022 ficou em cerca de R$ 82. Comparando com o valor pago hoje aos produtores (R$ 91), o lucro obtido é de 9,89%.

Já no Rio Grande do Sul, o lucro é maior: 12,14%. Por lá, o preço médio do carregamento da produção entre dezembro e janeiro chega a pouco mais de R$ 83, mas o preço oferecido aos produtores é maior do que no outro Estado sulista: o equivalente a R$ 94.

Perspectivas internacionais

O ano passado foi encerrado com preço alto para o grão e boas perspectivas para os meses seguintes, tanto no mercado brasileiro quanto no internacional, de acordo com análises da Bolsa de Chicago (CBOT) — responsável por regular os preços em todo o mundo.

Nos Estados Unidos, um dos países com mais representatividade na produção de milho, os custos do cultivo estão mais caros nos últimos meses, o que pode levar a uma redução da área plantada. Consequentemente, a demanda de importação fica maior e as cotações sobem.

Olhando para o cenário global, percebe-se que a alta de outro grão, o trigo, também contribui para a elevação do milho. Isso acontece porque os dois são largamente utilizados na fabricação de ração. Da mesma forma, o milho segue sendo procurado para a produção de etanol em uma realidade na qual o combustível está cada vez mais caro.

O que pode prejudicar as safras no território brasileiro — especialmente no Rio Grande do Sul — é a escassez de chuvas ao longo do período de plantio da safra de verão, que sustenta toda a venda nos primeiros seis meses do ano. Por isso, é ainda mais importante segurar a comercialização até que os preços estejam mais competitivos.

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Fonte: T&F Consultoria Agroeconômica.

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