Aumento de consumo da laranja por conta do novo coronavírus e da redução da produção de lavouras europeias beneficiam produtores brasileiros
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O Brasil é o maior exportador de laranja, responsável por 53% da produção do planeta. Entre julho de 2019 e abril de 2020, o País despachou quase 1 milhão de toneladas do produto, uma alta de 17% comparados ao biênio anterior. As tendências para o setor são animadoras: o volume de exportação deve ser ainda maior nos próximos meses.
A recomendação da Organização Mundial de Saúde de consumir vitamina C para tentar estimular uma melhor resposta imune das pessoas frente ao coronavírus alavancou o consumo da fruta, rica no nutriente. Ao mesmo tempo, a União Europeia, estima uma queda de 11% na safra 2019/2020, o que deve tornar o cítrico brasileiro mais valorizado no mercado internacional.
A produção da laranja brasileira está concentrada no cinturão citrícola entre São Paulo e Triângulo Mineiro. Somente os citricultores paulistas faturaram R$ 5 bilhões em 2019, e o ritmo continua forte. O Porto de Santos, por onde o setor escoa sua produção, registrou 165 mil toneladas exportadas em abril de 2020, um aumento de 23% quando comparado ao mesmo mês no ano passado.
As fortes chuvas na primavera da Espanha, maior produtor da fruta no continente, puxaram para baixo as estimativas da produção citrícola na União Europeia. Um relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) aponta que o bloco europeu produzirá 254 milhões de caixas de 40,8 kg na safra 2019/2020, uma queda de 11% em comparação com a safra anterior.
Apesar do declínio da safra europeia, a demanda por citrus se manteve forte no continente e em outros lugares do mundo. As exportações europeias de cítricos para regiões como Oriente Médio, Canadá e China continuam estáveis, já que não houve redução de compras por conta da pandemia de covid-19.
No Brasil, o volume de chuvas abaixo da média em quase todo o estado de São Paulo a partir de março preocupa os citricultores. Alguns produtores, principalmente nos pomares sem irrigação, já registraram perdas de produto, com frutas que murcharam ou não ultrapassam o tamanho médio, em especial das variedades pera e natal.
Para evitar uma perda maior da qualidade, os citricultores estão adiantando a colheita, mesmo com algumas laranjas sem terem alcançado o tamanho ideal. Entretanto, frutas menores dificultam a comercialização in natura, que já sofre em função da queda da demanda do food service, por conta da quarentena.
O volume da safra 2020/2021 do Brasil deve ser menor no que o biênio anterior. O Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus) estima a colheita de 287,76 milhões de caixas de 40,8 kg no cinturão citrícola — queda de 25,6% em relação à safra atual, de 386,79 milhões. Com a demanda em alta e a redução da safra, a tendência é de elevação no preço do citrus.
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Fonte: Portal do Governo de São Paulo.