Geração de emprego na agropecuária bate recorde em 2020 - Summit Agro

Geração de emprego na agropecuária bate recorde em 2020

21 de fevereiro de 2021 3 mins. de leitura

Novas vagas de emprego na agropecuária em 2020 ficaram concentradas na Região Sudeste, de acordo com dados levantados pela Secretaria do Trabalho

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A agropecuária brasileira quebrou vários recordes em 2020, apesar de o mundo viver uma crise econômica provocada pelo coronavírus e uma queda do PIB nacional de 4,5%. Depois do balanço de exportações, com a marca histórica de US$ 100,8 bilhões embarcados, o agronegócio apresenta agora o maior número de novas vagas de emprego dos últimos 10 anos.

O agronegócio é o terceiro segmento que abriu mais vagas, ficando atrás apenas da Construção e da Indústria. O setor gerou mais de 61 mil novas vagas formais de emprego no último ano, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), divulgados pela Secretaria do Trabalho.

De forma geral, o Brasil teve 142 mil carteiras assinadas com novos postos de trabalho. O melhor resultado tinha sido em 2011, quando o setor criou 81 mil dos 2 milhões de empregos formais daquele ano.

Emprego por região

São Paulo foi o estado que mais gerou empregos com carteira assinada em 2020. (Fonte: Shutterstock/Leonidas Santana/Reprodução)
São Paulo foi o estado que mais gerou empregos com carteira assinada em 2020. (Fonte: Shutterstock/Leonidas Santana/Reprodução)

A Região Sudeste concentrou quase 80% dos novos postos de trabalho no campo, com destaque para São Paulo que abriu 46 mil vagas de empregos, ou seja, três de cada quatro empregos rurais do Brasil. Os cinco estados com maior número de vagas formais foram:

  • São Paulo: 46.475.
  • Goiás: 2.932.
  • Minas Gerais: 2.693.
  • Paraná: 2.180.
  • Bahia: 2.026.

Apenas 6 das 27 unidades federativas apresentaram saldo negativo ao longo do ano. Os estados de Pernambuco e Espírito Santo foram os que perderam mais vagas. Os pernambucanos tiveram 857 demissões a mais do que contratações, enquanto os capixabas perderam 720 postos de trabalho.

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O agronegócio do Rio de Janeiro e do Distrito Federal (DF) chamam atenção, pois conseguiram manter a estabilidade do mercado de trabalho formal, mesmo quando os demais setores acumularam forte perda de empregos de carteira assinada.

O mercado formal do DF perdeu 11 mil vagas em 2020, mas o campo teve um saldo positivo no ano com 151 novos postos de trabalho. Já o Rio teve o saldo negativo de 127 mil vagas, entretanto o trabalho na agropecuária se manteve estável com 30 novos empregos.

Balanço por produto agropecuário

Soja foi o produto que mais gerou vagas formais de trabalho durante o ano. (Fonte: Shutterstock/Fotokostic/Reprodução)
Soja foi o produto que mais gerou vagas formais de trabalho durante o ano. (Fonte: Shutterstock/Fotokostic/Reprodução)

A grande maioria dos produtos tiveram saldo positivo, principalmente a soja, o café e as carnes bovinas e de aves. Dentro do agro, apenas as atividades de apoio à produção florestal tiveram um resultado negativo, com perda de 1.292 vagas formais.

Confira os produtos que mais geraram empregos de carteira assinada em 2020:

  • Soja: 13.396.
  • Bovinos: 11.598.
  • Café: 6.284.
  • Aves: 5.993.
  • Atividades de apoio à agricultura: 4.805.
  • Cereais: 3.873.
  • Frutas de lavoura permanente (exceto laranja e uva): 3.633. 
  • Laranja: 3.175. 
  • Plantas de lavoura temporária não especificadas anteriormente: 3.030.
  • Suínos: 2.444.

Fonte: Agência Brasil, Confederação Nacional de Agricultura.

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