Financiamento rural: o que muda com a continuação da crise da covid-19

25 de julho de 2020 3 mins. de leitura
Conforme a crise continua, produtores precisam de mais recursos e prazos maiores, demandando novas regras de financiamento rural
Quer impulsionar seus negócios? Se inscreva no Summit Agronegócio, evento que reúne os maiores especialistas em agro do País. *** O governo e o setor financeiro criaram novas regras de financiamento rural para ajudar produtores no início da crise de covid-19. Entre as mudanças geradas por normas como a Lei n. 13.986/2020 estão a ampliação das receitas destinadas ao crédito rural em R$ 5 bilhões e a simplificação das regras para a obtenção desse empréstimo. Diversos bancos liberaram novas linhas de financiamento que também vão injetar bilhões de reais, por conta própria. É interessante observar que alguns setores estão pleiteando condições especiais para seus produtores, como o de etanol e de café. Além do custeio, uma demanda é o financiamento rural para armazenar mercadorias, diminuindo a necessidade de vender produtos a qualquer preço em meio à crise.
Crédito para custeio e armazenamento estão as principais demandas dos produtores (Fonte: Wikimedia Commons) indústria agro
Crédito para custeio e armazenamento está entre as principais demandas dos produtores. (Fonte: Wikimedia Commons)

Prazos prorrogados

Outra medida foi a prorrogação dos prazos para pagamento das parcelas de empréstimos: uma norma publicada em abril demanda que financiamentos de custeio terão os vencimentos de suas parcelas prorrogados até 15 de agosto. Diversos bancos anunciaram o adiamento dos pagamentos por pelo menos 60 dias para várias modalidades de financiamento rural. Contudo, as condições exatas dependem de cada operador e da linha de crédito utilizada pelo produtor, como o Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e o Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp). No Pronaf, os produtores podem receber até R$ 20 mil de crédito com prazo de reembolso de 36 meses (12 meses de carência) e juros de 4,6% ao ano. Desses recursos, até 40% podem ser usados para necessidades do próprio agricultor e de sua família. Já no Pronamp os financiamentos podem ser de até R$ 40 mil, com 6% de juros ao ano e os mesmos prazos (36 meses de reembolso, sendo 12 de carência); nessa linha, até 25% do crédito podem ser utilizados para subsistência.
Algumas linhas permitem que parte do crédito seja usada para sustento da família (Fonte: Unsplash)homem plantando semente
Algumas linhas permitem que parte do crédito seja usada para sustento da família. (Fonte: Unsplash)
Também é importante mencionar que agricultores e pecuaristas das regiões Sul e Centro-Oeste estão sendo afetados por uma severa estiagem, além da crise da covid-19. Isso estimulou a criação de novas regras de financiamento rural para auxiliar os produtores dessas localidades, especificamente. Vale lembrar que, com a chegada do segundo semestre, novos planos de crédito para a safra 2020/2021 começarão a ser anunciados. Quer ficar por dentro das novidades do agro? O Summit Agronegócio reúne especialistas e autoridades para discutir os temas mais relevantes do setor, como sustentabilidade, fruticultura, seguros, SIF, agroquímicos e abastecimento. Faça parte da evolução do agro e participe do evento mais completo do setor. Para saber mais, é só clicar aqui! Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

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