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Fertilizantes: indústria prevê demanda recorde na pandemia

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O mercado brasileiro de fertilizantes fechou 2020 em alta após observar um crescimento de 6% na demanda agrícola. De acordo com o levantamento feito pela Mosaic Fertilizantes, o crescimento médio do setor no Brasil fica entre 2% e 3% ao ano, demonstrando o aumento exponencial da demanda nos últimos meses.

Caso o salto do mercado continue em 2021, é possível que as vendas no País ultrapassem a marca de 40 milhões de toneladas pela primeira vez na história. Em meio a esse cenário, o destaque também fica para os macro e micronutrientes, que tiveram algumas variações de preço por conta da pandemia do coronavírus.

Preço dos macro e micronutrientes

Preço de macro e micronutrientes flutuou durante a pandemia. (Fonte: Mee Ko Dong/Shutterstock)

A utilização de macro e micronutrientes na composição de fertilizantes é uma técnica muito adotada pelos agricultores para elevar a produtividade e reduzir os custos das plantações. O NPK (nitrogênio, fósforo e potássio), por exemplo, é aplicado no solo para prover nutrientes essenciais às plantas e acelerar o crescimento saudável.

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Entretanto, o comércio desses produtos vem enfrentando alguns problemas desde 2019, quando China e Estados Unidos declararam uma guerra comercial e limitaram as vendas brasileiras. Já em 2020, a chegada da pandemia de covid-19 gerou uma desaceleração no consumo de hortaliças no primeiro semestre, ocasionando aumento de estoque, queda nos preços, cortes e redução dos investimentos em fertilizantes.

Atualmente, o panorama dentro do mercado brasileiro é o seguinte:

Aumento na procura por fertilizantes

Demanda de fertilizantes continuou firme durante a pandemia. (Fonte: Iakov Filimov/Shutterstock)

Apesar das dificuldades apresentadas pela pandemia, a demanda de fertilizantes acabou crescendo até mesmo em segmentos que sofreram com alertas de crise, como é o caso das lavouras de cana-de-açúcar. De acordo com o relatório da Mosaic, estima-se que o consumo desses produtos nos canaviais tenha crescido 4,2% em 2020.

Em outras plantações, os estímulos seguem parecidos. A alta calculada para o uso de fertilizantes em plantações de café é de 4,5% e de 16,4% nas de trigo. Segundo as estimativas da empresa, o único cultivo que apresentou queda no uso de fertilizantes foi o de algodão. 

Como as projeções da Companhia de Abastecimento Nacional (Conab) mostram que a cultura sofreu diminuição de 8,8% de área plantada para 2020/21 em comparação com o ano anterior, o consumo de fertilizantes teve decréscimo de 11,6%. No total, esse volume representa 182 mil toneladas.

Impactos da pandemia no setor

Mesmo com a queda na demanda por etanol, plantações de cana continuaram fortes. (Fonte: DeawSS/Shutterstock)

Um dos motivos para o mercado de cana-de-açúcar ter sido colocado em xeque durante a pandemia foi a queda abrupta no consumo de combustíveis em 2020. Conforme os dados apresentados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) na época, a quarentena causou retração de 33,63% no consumo de etanol hidratado quando comparado com o início de 2019.

Porém, o abalo não foi suficiente para desanimar os produtores brasileiros. Mesmo com o mercado desfavorável, assim como ocorreu com outras culturas durante a crise, as plantações seguiram a todo vapor e o consumo de fertilizantes manteve alta.

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Fonte: Idea Online, Global Fert, Labor Solo, A Lavoura, Nova Cana. 

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