Preço da soja continua sendo impactado pelo fenômeno La Niña
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Novo levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) revela que o reajuste na safra de soja deste ano deve ser baixo: a expectativa é de 142,79 milhões — ante 142,01 milhões de toneladas no ano anterior. Porém, os custos para a produção do grão devem aumentar em até 10%, segundo um levantamento realizado pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Esses dados podem parecer preocupantes, afinal: até quando o plantio de soja continuará valendo a pena? Siga na leitura e descubra!
Apesar de os dados acima parecerem preocupantes, um novo relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) revela que a soja deverá ter mais um ano de boa rentabilidade em 2022.
Os preços devem continuar acima da média histórica nos próximos 12 meses, porque a oferta do grão continua escassa, enquanto a demanda por ele tende a aumentar cada vez mais.
O principal indicador de alta ou baixa no preço da soja é o volume do estoque global, que é medido no final de cada ano. Depois de duas safras baixas por conta de secas, principalmente na América do Sul, o estoque mundial do grão ficou abaixo da estimativa pressuposta pelo pré-relatório do USDA, de 95,2 milhões de toneladas.
Neste ano, a incidência do fenômeno La Niña pode trazer pouca umidade para a Região Sul e excesso dela para a faixa central e metade do norte brasileiro, colocando a safra da América do Sul em xeque.
Se esse cenário se confirmar, as perdas nas safras brasileiras vão influenciar diretamente na valorização da soja, e o preço pago pelo grão poderá bater recordes em 2022, fazendo que os produtores consigam valores altos em troca de sua produção.
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Para a safra deste ano, estima-se que a produção seguirá parecida com as duas últimas, e os valores de venda seguirão sendo atrativos para os produtores em geral.
A alta no preço de venda só deverá diminuir a partir dos anúncios da nova safra americana de 2022/23, se houver aumento de área de plantio e a produção for generosa.
Em geral, o valor do grão deverá continuar valorizado e baixará quando as safras do Brasil, dos Estados Unidos e da Argentina — principais produtores mundiais — voltarem a ser fartas a ponto de fazer os estoques globais voltarem aos níveis esperados.