Projeto realizado pela Embrapa incentiva a introdução da apicultura em propriedades de agricultura familiar da Amazônia
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A apicultura está transformando a realidade da agricultura familiar em diversos estados da Amazônia brasileira a partir de uma iniciativa desenvolvida pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES).
O projeto Agrobio estimula o uso de variedades crioulas de abelhas e de bioativos agroecológicos para a conservação e a prospecção da biodiversidade, com o objetivo de gerar renda aos agricultores familiares no Pará, no Amazonas, em Roraima, no Maranhão e no Mato Grosso. Mesmo com a pandemia, o projeto conseguiu realizar, em 2020, cinco eventos de forma online, beneficiando aproximadamente 1.500 pessoas.
A região amazônica tem um grande potencial para o desenvolvimento da meliponicultura. Outras regiões enfrentam problemas com redução da flora, que impede o aumento da produção de mel. Além de oferecer mais uma oportunidade de geração de renda para os agricultores da Amazônia, a introdução dos insetos melhora a produtividade nas propriedades rurais.
O desaparecimento de abelhas é apontado como um dos grandes problemas a serem enfrentados pela agricultura nesse século, o que pode comprometer, inclusive, a segurança alimentar mundial, já que a ausência desses insetos diminui a polinização das plantas e, consequentemente, reduz a produtividade das plantações. Além disso, a associação do desmatamento da Amazônia Legal às atividades agropecuárias tem prejudicado a imagem do agronegócio brasileiro no mercado internacional.
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Dessa forma, a apicultura associada à natureza tem o potencial de preservação da floresta, de sua regeneração e melhora da imagem externa. É o que está acontecendo na propriedade de 60 hectares da família Pinon, localizada em Breu Branco (PA). Há cerca de um ano, a criação de gado foi substituída pela apicultura, o que fez praticamente dobrar a produção local de açaí e está ajudando na restauração da mata no sítio.
As abelhas são responsáveis pela propagação de inúmeras espécies vegetais por meio da polinização. Por esse motivo, o projeto também apoia a manutenção de jardins de mel. Em Iranduba (AM), o Doce Refúgio Meliponário Escolar (Dramel) tem 17 canteiros com espécies nativas florais próximos às abelhas, para diminuir o caminho até a matéria-prima de produção de mel.
No local, um centro de qualificação em meliponicultura é a sede das capacitações do projeto Agrobio. As atividades produtivas do sítio interligam a produção de mel, pólen e colmeias às áreas com permacultura, sistemas agroflorestais e agricultura sintrópica. O sítio, além da atividade produtiva e de intercâmbio entre produtores, desenvolve ações educativas com crianças e adolescentes por meio de visitas ecopedagógicas.
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Fonte: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).