Alagamento de lavouras: saiba como evitar prejuízos
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Depois do atraso da colheita por causa do longo período de estiagem, o Sul do Brasil está enfrentando o alagamento de lavouras: chuvas com rajadas de vento atingem com força a região desde o fim de janeiro e já causaram prejuízo para a colheita de soja no Paraná.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) chegou a emitir um alerta laranja no início de fevereiro. A previsão para as próximas semanas é que uma invernada atinja também o Centro-Oeste e o Sudeste, com chuvas acumuladas acima de 100 mm por semana em grande parte do Rio Grande do Sul.
No entanto, algumas medidas preventivas podem ser tomadas para reduzir as perdas. O uso de tecnologia, a adoção de métodos, como o sistema de agrofloresta, a adequação do uso de defensivos agrícolas e o seguro agrícola ajudam o produtor a diminuir os riscos financeiros causados por esses fatores climáticos.
Alagamento de lavouras
Os produtores das Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste convivem, todos os anos, com o excesso de chuvas durante o verão, o que pode causar alagamento de lavouras. Em 2021, enxurradas e chuvas de granizo já atingiram Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e até o sul de Minas, causando prejuízos em plantações de arroz, soja, entre outros.
O grande volume das precipitações pode causar atraso da maturação de grãos e, em consequência, da colheita. Com isso, agricultores podem enfrentar dificuldades para cumprir compromissos financeiros, como empréstimos, arrendamento de terra e os próprios contratos de vendas.
O alagamento causa redução de produção e elevação do preço de hortaliças também. O movimento de alta teve início na primeira semana de janeiro, quando a alface crespa teve um aumento de 4,35%. Já na última semana do mesmo mês, a alface americana subiu 13% em São Paulo, de acordo com dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea – Esalq/USP).
Como evitar prejuízos
A tecnologia pode auxiliar o produtor a evitar prejuízos com o excesso de água. Aplicativos e softwares com previsões meteorológicas de curto e longo prazo podem ajudar a planejar safra, enquanto sensores podem analisar a umidade do solo e alertar sobre o risco de compactação, tornando possível medidas preventivas.
A erosão do solo e a perda de matéria orgânica também podem ser prevenidos com a utilização do sistema agroflorestal, baseado no plantio de diferentes espécies no mesmo espaço, combinando cultivos agrícolas com arbóreos.
Os produtores devem ficar atentos também ao uso correto dos defensivos agrícolas durante o período chuvoso para evitar desperdícios. Cada produto tem tempo de ação e características próprias que podem ser afetadas por situações climáticas.
Para reduzir as perdas financeiras, o agricultor ainda pode recorrer ao seguro agrícola, que cobre as perdas causadas por eventos climáticos.
Fonte: Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP).
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