Agronegócio gera 152 mil empregos formais no 1° semestre

18 de agosto de 2021 4 mins. de leitura
Somente no mês de junho, o agronegócio criou 38 mil novos empregos, a maioria no estado de São Paulo

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O agronegócio gerou 152.496 novos empregos formais no primeiro semestre de 2021, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). No acumulado do ano, foram 570 mil admissões e 418 mil desligamentos.

Somente em junho, o setor gerou 38 mil postos de trabalho. Esse foi o segundo melhor resultado de 2021, ficando atrás de maio, que registrou a criação de 42 mil novas vagas. Apenas os dois meses foram responsáveis por mais da metade dos empregos com carteira assinada gerados no ano pelo setor agropecuário.

De acordo com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o resultado foi impulsionado pelo avanço do Plano Nacional de Imunização contra a covid-19 e a flexibilização das restrições de circulação de pessoas, por conta da redução da crise sanitária.

Mapa da geração de emprego em junho

Alagoas, Rio Grande do Norte e São Paulo apresentaram, respectivamente, o maior crescimento relativo de novos empregos em junho. (Fonte: CAGED/Reprodução)
Alagoas, Rio Grande do Norte e São Paulo apresentaram, respectivamente, o maior crescimento relativo de novos empregos em junho. (Fonte: CAGED/Reprodução)

Durante o mês de junho, o Sudeste foi a região que criou mais novas vagas formais no setor agropecuário, com a geração de 27 mil empregos de carteira assinada. Grande parte dos postos de trabalho da região e do País, mais de 25 mil, foram criados em São Paulo.

O Nordeste foi a segunda região mais geradora de vagas no agronegócio durante junho, com quase 7 mil novos empregos, impulsionados pelo Maranhão (1.246 postos de trabalho) e Rio Grande do Norte (1.147). Em terceiro lugar, ficou o Centro-Oeste, com 3.878 novas vagas, sendo 2.455 empregos apenas em Mato Grosso. O Norte gerou 1.468 novos postos, com destaque para o Pará (968).

O Sul foi a única região que apresentou resultado desfavorável. No mês, o setor agropecuário da região perdeu 633 postos, influenciado pela forte queda no mercado de trabalho do Rio Grande do Sul, que teve 1.467 perdidas somente nas atividades de agronegócio.

Mais de 60% do saldo negativo no estado foi causado pelo município de Vacaria. Desde março, a cidade vem registrando perdas de empregos, após registrar saldo positivo de quase 5 mil novas vagas em janeiro. Isso se dá por conta da sazonalidade da cultura de maçã, carro-chefe na cidade — em março acaba o período de colheita e, consequentemente, os empregos nas lavouras da fruta. 

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Setores do agronegócio com novas vagas

A agricultura foi a maior geradora de novos postos de trabalho do agronegócio no mês de junho. (Fonte: Shutterstock/Nailotl/Reprodução)
A agricultura foi a maior geradora de novos postos de trabalho do agronegócio no mês de junho. (Fonte: Shutterstock/Nailotl/Reprodução)

Quando considerado o recorte por atividades, a agricultura lidera a geração de novos empregos em junho. Na produção de lavouras temporárias, foram 15 mil novas vagas, seguidas pelos setores de lavouras permanentes e atividades de apoio à agricultura, ambos com 9 mil postos de trabalho gerados. 

A produção de sementes e mudas foi a única atividade com desempenho negativo na agropecuária, com a perda aproximada de 2 mil empregos.

A pecuária gerou quase 4 mil postos com carteira assinada no período, com destaque para os mais de 3 mil empregos gerados pela criação de bovinos.

Perfil dos novos empregados

A maioria dos novos trabalhadores com carteira assinada de junho são homens, que ocuparam 30 mil das vagas abertas. Pouco mais 14 mil do total de trabalhadores recém-contratados têm Ensino Médio completo; enquanto 13 mil tinham o Ensino Fundamental incompleto. As pessoas com faixas etárias de 18 a 24 anos e de 30 a 39 anos foram as mais contratadas.

Fonte: Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

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