Agronegócio brasileiro emprega mais de 19 milhões de pessoas - Summit Agro

Agronegócio brasileiro emprega mais de 19 milhões de pessoas

23 de janeiro de 2023 4 mins. de leitura

O número de trabalhadores que atuam no agronegócio voltou a crescer e ultrapassou os níveis pré-pandemia

Publicidade

Conheça o mais relevante evento sobre agronegócio do País.

Dados divulgados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) mostraram crescimento no número de trabalhadores do agronegócio brasileiro. Segundo o órgão, a empregabilidade do setor aumentou em 2022, tendo, no terceiro trimestre deste ano, 19,07 milhões de pessoas em atuação. Os dados são computados na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad-contínua) e na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).

O crescimento do total de empregados em relação ao mesmo período do ano anterior foi de 170,8 mil pessoas, cerca de 0,9%. O resultado também representou o maior número alcançado desde 2015, quando foram registradas 19,08 milhões de pessoas trabalhando no agronegócio.

Máquina agrícola laranja passando por um campo de trigo, soltando fumaça
O número de empregados no agronegócio voltou a crescer. (Fonte: Pixabay/Reprodução)

O setor da agroindústria empregou 4,06 milhões de pessoas no terceiro trimestre de 2022. O resultado também é o maior desde 2015, quando foram registradas 4,2 milhões de pessoas empregadas. Nos agrosserviços, o número de trabalhadores chegou a 6,34 milhões, sendo o maior resultado registrado desde o início da série histórica do Cepea, em 2012.

No segmento primário, houve uma das maiores reduções de postos de trabalho, de 4,66% em relação ao terceiro trimestre do ano passado. Nos últimos 12 meses, 410.640 vagas no segmento primário foram cortadas, sendo as atividades mais afetadas as do ramo agrícola (lavouras, cereais e café) e da pecuária (atividades de pesca e aquicultura e de aves).

Leia também:

Salários no agronegócio

A média salarial dos trabalhadores do agronegócio foi de R$ 2.248, um aumento de 4,91% em relação ao terceiro trimestre de 2021. Ainda assim, o salário foi menor do que a média salarial brasileira no período, que é de R$ 2.650.

Para os empregadores, a situação muda: eles receberam mais do que a média dos empreendedores brasileiros. Enquanto os patrões receberam R$ 6.672, os empresários do agronegócio tiveram salário médio de R$ 7.134 entre julho e setembro de 2022, sendo 6,67% a mais do que no terceiro trimestre de 2021.

Os trabalhadores que atuam por conta própria foram os que registraram os menores salários. Em média, eles receberam R$ 1.752 no terceiro trimestre de 2022. O valor representa aumento de 11,52% em relação ao mesmo período do ano passado, mas ficou abaixo da média de R$ 2.073 de outros autônomos brasileiros.

Com esses resultados, a participação do agro no mercado de trabalho brasileiro foi de 20,33%. O número representa pequena queda em relação ao terceiro trimestre de 2021, quando a participação foi de 20,55%. Segundo a pesquisa, entre julho e setembro de 2022, 99,27 milhões de pessoas no Brasil estavam empregadas.

Pátio de um porto com diversos contêineres azuis e vermelhos empilhados
Exportações do agronegócio bateram recorde em número de vendas em 2022. (Fonte: Pexels/Reprodução)

Recuperação das exportações em 2022

Outra pesquisa do Cepea mostrou que as exportações do agronegócio brasileiro superaram as expectativas. Entre janeiro e setembro deste ano, as vendas externas somaram US$ 122 bilhões, ultrapassando o resultado total de 2021.

Para os pesquisadores, o valor se deve ao retorno do crescimento da demanda externa, com muitos países se recuperando dos efeitos da crise gerada pela pandemia de covid-19. Além disso, o conflito da Rússia na Ucrânia desestabilizou muitas cadeias produtivas e logísticas, aumentando preços e diminuindo a concorrência, já que muitas nações não puderam cumprir contratos.

Com isso, o Brasil ficou em uma posição privilegiada e teve capacidade de suprir a demanda de vários novos mercados e gerar mais oportunidades de trabalho. Além disso, a desvalorização da moeda nacional fez que as exportações se tornassem um negócio ainda mais lucrativo para os produtores rurais.

Quer saber mais? Conheça a opinião de nossos parceiros especialistas sobre os principais temas do agronegócio.

Fonte: Cepea/Esalq

Webstories