Ministério da Agricultura e Pecuária divulga regras para seleção de adidos agrícolas no exterior
Publicidade
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) vai selecionar novos adidos agrícolas que representarão o Brasil nas missões diplomáticas no exterior. Serão disponibilizadas nove vagas para oito cidades: Bruxelas, Lima, Londres, Moscou, Roma, Singapura, Washington e duas vagas em Pequim.
A duração da missão será de até quatro anos consecutivos, sem possibilidade de prorrogação. Os candidatos aprovados farão parte de uma lista de três nomes para cada posto, em ordem de classificação. Além disso, será formado um cadastro reserva para as representações mencionadas e para possíveis futuros postos.
Atualmente, o Mapa conta com 28 adidos agrícolas brasileiros em representações diplomáticas no exterior. Eles representam o Brasil em organizações internacionais relacionados à agricultura, participando de reuniões, conferências e negociações, e também contribuem para a formulação de políticas e acordos internacionais que afetam o agronegócio.
A função dos adidos agrícolas é representar o Mapa em missões diplomáticas no exterior. Eles atuam como agentes de ligação entre o Brasil e outros países, promovendo e defendendo os interesses do agronegócio brasileiro.
Os adidos agrícolas têm como principal objetivo a abertura, manutenção e ampliação de mercados para os produtos agrícolas e pecuários brasileiros. Eles identificam oportunidades de comércio, investimentos e cooperação, além de promoverem o diálogo e a negociação com autoridades e representantes dos setores público e privado nos países em que estão designados.
Esses profissionais monitoram as políticas agrícolas e comerciais dos países de atuação, analisam as demandas e necessidades desses mercados e reportam informações estratégicas ao Ministério da Agricultura. Eles também auxiliam na resolução de problemas e barreiras técnicas que possam surgir nas relações comerciais e cooperativas.
Leia também:
Para se tornar um adido agrícola, é necessário ser brasileiro nato ou naturalizado, tendo ocupado cargo como servidor público federal por pelo menos 10 anos. As vagas do processo seletivo são restritas a pessoas que trabalham no Mapa, com no mínimo quatro anos de exercício na última década.
O candidato deve ter o diploma de nível superior completo em uma instituição reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC). Além disso, é necessário ter proficiência em inglês, espanhol, italiano, russo ou outras línguas, a depender do local de trabalho.
O processo seletivo será realizado de forma presencial e por videoconferência, envolvendo a análise curricular, avaliação de conhecimentos técnicos e de domínio de idiomas, bem como entrevista.
O Brasil reforça a posição na China com a nomeação de dois novos adidos. Com números impressionantes, o gigante asiático se destaca como o maior comprador de produtos agropecuários brasileiros e figura entre os cinco países que mais investem na economia brasileira. Mais da metade da soja comprada pelos chineses vem de produtores brasileiros.
Outro destaque é a vaga de adido agrícola para Bruxelas, para atuar junto à União Europeia. O bloco econômico composto de 27 Estados-membros negocia uma integração maior com o Mercado Comum do Sul (Mercosul). Os europeus têm um papel significativo no comércio internacional de produtos agropecuários, sendo o maior importador global.
Sem contar, ainda, com a vaga de Roma, que atua junto à Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). O órgão tem uma comissão responsável pela elaboração de normas de comércio internacional relacionadas à sanidade dos alimentos e desempenha um papel crucial na promoção da segurança alimentar mundial.
Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Diário Oficial da União (DOU)