Comércio de grãos é impulsionado pela alta na produção de etanol nos Estados Unidos; desempenho do milho pode superar soja, trigo e arroz
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De acordo com a projeção da consultoria norte-americana Fitch Solutions, a crescente demanda por milho pode fazer com que o grão obtenha resultados superiores aos de soja, trigo e arroz no segundo semestre deste ano. Os avanços recentes no mercado desse produto podem ser explicados pela alta demanda de etanol nos Estados Unidos, segundo a companhia — no país, o combustível é feito à base do cereal, em sua maioria.
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A primeira semana de junho foi marcada por um crescimento exponencial na produção média de etanol nos EUA. Os dados da Administração de Informação de Energia do país indicaram crescimento de 9,4% no número de barris por dia em comparação com a semana anterior (837 mil barris por dia contra 765 mil).
A recente instabilidade no preço do dólar em relação ao real causou aumento no valor dos grãos no mercado interno. Segundo o relatório da consultoria CogoInteligência em Agronegócio, um dos fatores que podem estar dificultando a redução dos preços para os consumidores brasileiros é a incerteza quanto ao volume que deve ser colhido nas safras de milho de estados como São Paulo e Paraná, onde tem ocorrido uma crise hídrica que ameaça a produtividade.
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O preço das sacas de milho se manteve estável durante as semanas que antecederam junho. O indicador ESALQ/BM&F, que mede o preço do grão no mercado, fechou a primeira semana de junho cotado em R$ 51 por saca de 60 quilos. O comércio acumula retração de 10,5% desde o fim de março, quando as sacas atingiram a maior marca de 2020, chegando a custar R$ 56.
A pandemia de coronavírus fez com que o comércio brasileiro de exportações de milho passasse por períodos conturbados em 2020. No acumulado de janeiro a abril, o País vendeu cerca de 3 milhões de toneladas do produto, o que representa queda de 56% em relação ao mesmo período de 2019.
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Em relatório feito pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), as vendas de milho apresentaram números bem negativos. Com média de 1.512 toneladas exportadas por dia útil até o fim de maio, o grão teve queda de 96,5% nas vendas em comparação com o mesmo mês do ano anterior. Entretanto, o cenário para o segundo semestre parece ser mais positivo: de acordo com a Cogo, o Brasil deve presenciar aumento da oferta do produto nesse período.
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Fonte: Dinheiro Rural.