Abertura do mercado de melão na China pode fazer dobrarem as exportações da fruta
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Segundo relatório divulgado pela Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), o Brasil abriu 48 mercados agrícolas para exportações em 21 países de janeiro de 2019 a março de 2020. Entre os acordos comerciais conquistados no período, um dos mais importantes foi a autorização das exportações de melão para a China.
Trata-se do primeiro acordo para o comércio de frutas frescas entre os países. Com a possibilidade de que outros frutos sejam comercializados, o agronegócio brasileiro pode ter acesso a um mercado gigantesco: a China importou em torno de US$ 7 bilhões em frutas frescas apenas em 2018.
Mesmo que o comércio de frutas entre Brasil e China continue restrito ao melão, já se trata de um grande acordo, pois o país asiático é o maior consumidor dessa fruta: cerca de 15 milhões de toneladas em 2018, mais da metade do consumo de todo o mundo. Dessa maneira, se o País conquistar apenas 1% do mercado chinês, as exportações de melão podem dobrar, segundo projeções do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa).
De acordo com informações divulgadas pela Agência Brasil, os produtores nacionais venderam 200 mil toneladas de melão para o exterior em 2018. Os principais clientes estão localizados no hemisfério norte (Estados Unidos, União Europeia e China), uma vez que a safra no Brasil ocorre justamente durante a entressafra nessa região. O principal polo nacional produtor de melão é a Região Nordeste, com quase 14 mil hectares de área cultivada, segundo o último Censo Agropecuário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O nordeste, em especial o semiárido do Rio Grande do Norte, Ceará, da Bahia e de Pernambuco, destaca-se porque oferece as temperaturas elevadas e a alta incidência de sol ideais para o cultivo do melão. Com essas condições, as plantas conseguem ter alta produtividade e são muito doces.
Embora o nordeste tenha as condições ideais para a produção natural de melão, experiências realizadas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) mostram que é possível cultivar a planta em outras regiões do Brasil com sistemas protegidos. Com estufas ou casas de vegetação, pode-se garantir as exigências para o desenvolvimento do meloeiro tanto quanto a céu aberto.
Na verdade, o cultivo protegido pode apresentar produtividade e qualidade superiores à produção aberta, uma vez que permite controlar com exatidão fatores como quantidade de água e temperatura, além de manter as plantas protegidas de chuvas, ataques de pragas e outros males.
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Fonte: Embrapa, Agência Brasil, Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) e Estadão.