Agronegócio cumpre papel de protagonismo no recorde alcançado nas exportações
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A Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) divulgou números animadores sobre as exportações brasileiras. No mês de maio, as vendas registraram o maior valor mensal em toda a série histórica, alcançando a marca de US$ 33,07 movimentados. Novamente, o agronegócio foi protagonista nas transações.
A balança comercial de maio também fechou no positivo. As vendas cresceram 11,6%, enquanto houve uma retração de 12,1% nas importações, assim, o superávit do período foi de US$ 11,38 bilhões.
De janeiro a maio de 2023, o Brasil exportou US$ 136,39 bilhões, um crescimento de 3,9% na comparação com o mesmo período do ano passado. As importações, por outro lado, tiveram uma queda de 4,6% em comparação com o período anterior, alcançando US$ 101,11 bilhões. O superávit foi de US$ 35,28 bilhões, o que significou um aumento de 39,1% em relação ao mesmo período de 2022.
Diversos setores contribuíram para o aumento das exportações no mês de maio, mas a agropecuária liderou o crescimento e o montante exportado. As exportações do setor em maio alcançaram US$ 9,2 bilhões, um aumento de 15,7% em relação a abril.
O destaque ficou com a soja, cujo aumento das exportações alcançou 23%. Além disso, foram destaques o comércio de animais vivos, não incluídos pescados ou crustáceos e arroz com casca, paddy ou bruto. No resultado mensal, a indústria extrativa teve aumento de 12,8% nas exportações, alcançado a movimentação de US$ 7 bilhões. A indústria de transformação teve aumento de 8,5%, movimentando US$ 16,6 bilhões.
As exportações agropecuárias também mostram crescimento no acumulado entre janeiro e maio. No período, as vendas do setor aumentaram 7,5% na comparação com o ano passado, alcançando US$ 35 bilhões. A indústria extrativa registrou aumento de 1,1% nas exportações, que chegaram a US$ 29,5 bilhões, já a indústria de transformação registrou aumento de 2,9%, movimentando US$ 71 bilhões nos primeiros cinco meses de 2023.
No acumulado do ano, o aumento das exportações agropecuárias foi influenciado principalmente pela soja (+9,6%); milho não moído, exceto milho-doce (+110,4%) e arroz com casca, paddy ou bruto (+280,8%). Na indústria extrativa os protagonistas foram os óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos (+3,5%); outros minerais em bruto (+57,4%) e minérios de cobre e seus concentrados (+12,6%).
Já na indústria de transformação, quem puxou o crescimento foram as exportações de açúcares e melaços (+34,9%); os farelos de soja e outros alimentos para animais (excluídos cereais não moídos); as farinhas de carnes e outros animais (+18,2%) e as carnes de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas (+14,3%).
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As exportações também cresceram para os maiores parceiros comerciais do Brasil, exceto para União Europeia. No mês de maio, as exportações para a Argentina cresceram 32,0% e somaram US$ 1,92 bilhão, enquanto as importações caíram 4,8% e totalizaram US$ 1,16 bilhão. Portanto, foi alcançado um superávit de US$ 0,76 bilhão com o principal parceiro comercial do Mercado Comum do Sul (Mercosul).
Já as exportações para a China, Hong Kong e Macau cresceram 26,4% no período, movimentando US$ 10,78 bilhões. As importações foram de US$ 4,62 bilhões, 1% a menos do que no mês anterior, e a balança comercial marcou um superávit de US$ 6,16 bilhões.
Para os Estados Unidos, o Brasil exportou US$ 3,27 bilhões em maio de 2023, um crescimento de 5,8% em relação ao mês anterior. As importações diminuíram 24,1%, alcançando US$ 3,69 bilhões e, com isso, a balança comercial com o país resultou em um déficit de US$ 0,42 bilhão.
Também foi registrado déficit no comércio com a União Europeia, as vendas para o velho Continente caíram 22,1% e movimentaram US$ 3,98 bilhões. As importações foram de US$ 4,06 bilhões, um aumento de 4,3%. Desse modo, a balança comercial com o bloco registrou um déficit de US$ 0,08 bilhão.
Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, IPEA, gov.br, Embrapa, IEA – Instituto de Economia Agrícola SP