CNA ajuda pequenos e médios produtores a exportarem para China - Summit Agro

CNA ajuda pequenos e médios produtores a exportarem para China

9 de novembro de 2021 4 mins. de leitura

Projeto da CNA selecionou 15 empresas e cooperativas do agronegócio que contarão com apoio especializado para operarem no mercado chinês

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A China é o principal parceiro comercial do agronegócio brasileiro desde 2009. No ano passado, o setor agropecuário do Brasil teve um superávit de mais de US$ 100 bilhões com o gigante asiático. No entanto, essa participação pode ser ainda maior com a inclusão de produtos de cooperativas, pequenas e médias empresas na pauta de exportações.

Pensando nesse nicho, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) lançou o Programa de Aterrissagem na China. O projeto visa conceder apoio especializado para levar os produtos brasileiros diretamente ao consumidor chinês. A estratégia inovadora deve mudar os paradigmas da promoção comercial do Brasil no exterior.

A pauta de exportação brasileira para os chineses está concentrada na soja, que conta com grandes empresas operando. O envio de produtos de maior valor agregado para o país asiático enfrenta desafios como a falta de conhecimento do gosto do consumidor e da forma de negociação do mercado local.

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Programa de Aterrissagem na China

Duas empresas serão selecionadas para atuarem no mercado chinês com o acompanhamento de especialistas. (Fonte: Shutterstock/xtock/Reprodução)
Duas empresas serão selecionadas para atuarem no mercado chinês com o acompanhamento de especialistas. (Fonte: Shutterstock/xtock/Reprodução)

O Programa de Aterrissagem na China é realizado pela CNA em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e o escritório da Agência Paulista de Promoção de Investimentos e Competitividade (InvestSP) em Xangai. O projeto está dividido em cinco etapas, que acontecem de junho de 2021 a junho de 2022.

Na primeira etapa, foram selecionadas 15 pequenas empresas e cooperativas dos setores de mel e própolis, frutas e derivados, incluindo sucos, lácteos e cafés especiais. As instituições foram escolhidas devido ao maior valor agregado de seus produtos, bem como pelo potencial de comércio com os chineses.

Essas organizações passarão por uma fase de análise de suas particularidades e de capacitação para o atendimento às demandas do mercado chinês. Depois, serão apresentadas as oportunidades comerciais, inclusive com contato de potenciais parceiros ou compradores chineses. As negociações serão acompanhadas pelo programa.

Por fim, serão selecionadas duas empresas que contarão com um escritório durante seis meses em território chinês para dar continuidade aos negócios. Todo o processo continuará sendo acompanhado pelos especialistas do projeto.

Oportunidades para o agronegócio no mercado chinês

Produtores derivados do leite terão um salto de consumo no mercado chinês ao longo da próxima década. (Fonte: Shutterstock/Ronaldo Almeida/Reprodução)
Produtores derivados do leite terão um salto de consumo no mercado chinês ao longo da próxima década. (Fonte: Shutterstock/Ronaldo Almeida/Reprodução)

Um relatório elaborado pela CNA e pela InvestSP aponta que a agropecuária brasileira terá boas oportunidades no mercado chinês nos próximos dez anos. A estimativa para o crescimento médio chinês é de 4,9% no período de 2021 a 2030.

Além disso, haverá um incremento médio na renda disponível per capita urbana e rural em 3% e 6%, respectivamente. Dessa forma, o consumo chinês deverá crescer mais rapidamente que a sua produção agrícola, levando a necessidade do aumento de importações para suprir a demanda por alimentos.

Até 2030, os chineses devem ter uma taxa média de crescimento anual da produção de milho, carne suína e lácteos acima de 2%. Isso será insuficiente para acompanhar o aumento do consumo de proteína animal, que deverá subir 24,7%, ovos (alta de 10,4%), lácteos (32,6%), e pescados (10%).

Os embarques de grãos, de culturas oleaginosas, de algodão, de açúcar, de proteína animal e de lácteos continuará crescendo. No entanto, outros produtos ligados à saúde e sustentabilidade também ganharão espaço. 

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Fonte: Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Agência Brasil. 

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