China antecipa compra de soja brasileira

27 de abril de 2020 3 mins. de leitura
Mesmo com o novo coronavírus, China se mantém como um dos principais parceiros comerciais do País

Em meio à pandemia de covid-19, que diminui o ritmo econômico do mundo todo, o comércio entre a China e a América do Sul continua aquecido, impulsionado principalmente pela exportação da soja brasileira. Apesar de o país asiático ter negociado anteriormente a compra do produto com os Estados Unidos, a Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja) não prevê diminuição do consumo chinês.

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(Fonte: Pixabay)

Segundo dados da consultoria independente Datagro, embora as exportações brasileiras gerais tenham caído 17,2% nos dois primeiros meses de 2020 em comparação com o mesmo período do ano anterior, os envios de soja cresceram 14,2% nesse meio tempo, mesmo com os impactos do novo coronavírus.

Economistas e comerciantes de todo o mundo estão enfrentando um cenário novo, que gera uma grande dificuldade em apresentar expectativas comerciais precisas em curto prazo. Mesmo assim, a consultoria aponta que a China deve manter o comportamento que apresentou até o início de março e garantir a negociação dos principais produtos agrícolas que já estão em andamento, como é o caso da soja.

Segundo a Aprosoja, em comunicado oficial divulgado em nome de seu presidente, Bartolomeu Braz Pereira, a expectativa é a manutenção das negociações mesmo em meio a uma incerteza mercadológica, marcada pelo receio do país asiático quanto à segurança alimentar do grão brasileiro.

Mantendo as expectativas

Dados do relatório Comex Stat, que analisa o comércio exterior brasileiro com suporte de informações do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços e do governo federal, apontam que os 28,1% de exportações gerais realizadas pelo Brasil para a China em 2019 não devem sofrer grandes alterações nesse novo cenário — considerando as negociações atuais de soja.

Segundo o documento, a soja deve se manter no topo da lista dos produtos comercializados entre os países, seguindo os US$ 20,5 bilhões faturados em 2019 — outros itens nessa lista são óleos brutos e petróleo.

Expectativa de baixo impacto na venda de soja
(Fonte: Pixabay)

Novo perfil da economia

Embora as importações se mantenham desaceleradas, a China segue ativa no comércio com a América do Sul, no intuito de manter todas as compras possíveis, antecipando-se a uma das graves consequências que a pandemia do coronavírus pode ocasionar: o desabastecimento de insumos, principalmente, de alimentos.

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Fonte: Agência Brasil, Aprosoja e Comex.

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