Em 2019, o País se tornou um dos 4 maiores produtores do fruto no mundo
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Com produção de 3,5 mil toneladas em 2019, o Brasil ficou em quarto lugar no ranking dos maiores produtores mundiais de noz-pecã. Os três primeiros foram México, Estados Unidos e África do Sul.
Apesar de distância em relação aos maiores produtores (a África do Sul, em terceiro lugar, produziu 18,2 mil toneladas), o País está cada ganhando cada vez mais destaque no mercado. Na apresentação do mapa mundial da produção de noz-pecã no Congresso do Conselho Internacional de Nozes, na Flórida (EUA), os números da produção brasileira indicam que o setor está em expansão.
Edson Ortiz, diretor da Associação Brasileira de Nozes, Castanhas e Frutas Secas (ABNC), calcula aumento anual de cerca de 1 mil hectares de produção. Para ele, “o crescimento é reflexo primeiramente da excelente remuneração que a atividade oferece, mas também da diversificação do negócio agrícola, que vem crescendo”.
A noz-pecã surgiu no sul dos Estados Unidos. Típico de climas temperados, o fruto precisa ser cultivado em uma temperatura de cerca 7°C, o que facilitou a sua expansão no sul do Brasil. Há 100 anos, as primeiras plantas começaram a ser cultivadas no Rio Grande do Sul, no entanto, uma sarna na nogueira desestimulou a pecanicultura durante um período.
A persistência dos produtores da noz-pecã pouco a pouco reestruturou a cultura no estado. Em 2017, o governo lançou o Programa Estadual de Desenvolvimento da Pecanicultura (Pró-Pecã) com o intuito de cadastrar os produtores e traçar um planejamento para os próximos 15 anos. Atualmente, a maior parte das vendas é concentrada no próprio País.
A nogueira-pecã é uma das poucas que podem ser cultivadas na entressafra, até mesmo em terrenos íngremes. Quando a noz-pecã é produzida, as outras frutas já foram colhidas, então é possível diversificar a produção e ter uma nova fonte renda, o que beneficia principalmente os pequenos produtores.
É possível, também, realizar o plantio do fruto em áreas de reserva legal. A legislação brasileira autoriza o cultivo intercalado com árvores nativas, o que propicia a geração de renda sem prejudicar o meio ambiente. A nogueira-pecã tem mais longevidade do que outras frutíferas, ultrapassando um século de existência.
De acordo com dados do International Nut Council (INC), o crescimento mundial no consumo de castanhas e nozes foi de 6% ao ano, com valorização de 400% no preço em dólar. No Brasil, isso representa um investimento de longo prazo, mas a rentabilidade é acima da média. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram a existência de 3,5 mil hectares de nogueiras-pecã, sendo 60% no Rio Grande do Sul.
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Fonte: Summit Agro