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No início de setembro, durante a 45ª Expointer, realizada em Esteio (Rio Grande do Sul), o ministro brasileiro Marcos Montes, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), e o ministro uruguaio Fernando Mattos, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Pesca assinaram um memorando de defesa da agropecuária entre os dois países. O documento visa melhorar as políticas de fronteira e criar mecanismos eficazes de vigilância sanitária e saúde animal.
No encontro, os ministros demonstraram temor quanto ao atual estado de insegurança alimentar que afeta todo o planeta. Questões como a pandemia de covid-19, a guerra na Ucrânia, as mudanças climáticas e a alta nos preços de insumos essenciais à agropecuária são algumas das razões para a dificuldade da população em ter acesso a uma alimentação adequada.
Ministros reiteraram a importância de ações voltadas à sustentabilidade
Segundo a nota conjunta publicada pelos países, os representantes do Brasil e do Uruguai reafirmaram o compromisso com os princípios do Acordo de Paris para a redução das emissões de gases nocivos, mas sem deixar de se comprometer com a produção de alimentos.
O cumprimento da Agenda 2030, que visa ao desenvolvimento sustentável dos países, também foi apontado como uma das metas de ambas as nações.
Os países também reiteraram a importância de buscar meios de produção sustentáveis, diminuindo o uso de insumos nocivos e valorizando a economia circular e a agroecologia.
Os representantes das nações reafirmaram, ainda, o desejo de continuar apresentando posições comuns em foros internacionais para a defesa da produção agropecuária sustentável e promoção de discussões, evitando barreiras técnicas ou ambientais que não sejam baseadas em critérios científicos.
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Os objetivos do acordo
O objetivo principal do acordo foi criar laços de amizade entre os países e, assim, promover a colaboração técnica entre os profissionais que atuam na Defesa da Agropecuária — o que envolve, entre outras ações, a produção, o transporte e o comércio de diversos produtos, como animais, vegetais e derivados.
Outro objetivo é que haja ações de fiscalização para o trânsito internacional de produtos agrícolas, além do controle rigoroso de doenças e pragas.
Dessa maneira, acredita-se que os países consigam melhorar o controle da saúde animal e desenvolver de forma bilateral a vigilância sanitária.
As formas de colaboração
O memorando de entendimento estabelece que as formas de colaboração adotadas podem incluir ações conjuntas de vigilância agropecuária, respeitando a regulamentação de cada país, tendo sempre como base os protocolos sanitários e fitossanitários.
Além disso, prevê atividades como visitas técnicas, seminários, simpósios, fóruns, conferências e ações que visem ao controle e à fiscalização.
Fonte: Gub, Governo Federal