Energia solar no campo: alimento mais barato na mesa - Summit Agro

Energia solar no campo: alimento mais barato na mesa

5 de maio de 2021 3 mins. de leitura

Clique e confira o artigo de Antonio Galvan, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil).

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Por Antonio Galvan*

A geração própria de energia solar no agronegócio está bastante consolidada nas economias mais avançadas no mundo e tem se tornado um modelo cada vez mais recorrente e necessário para elevar ainda mais a competitividade e sustentabilidade do manejo agrícola e pecuário no Brasil.

Além de eliminar intermediários entre a geração e consumo de energia elétrica, um dos principais insumos da atividade produtiva rural, a energia solar no campo resulta também em economia, proteção do meio ambiente e mais segurança energética para os produtores, já que os sistemas solares fotovoltaicos possuem baixos custos de operação e manutenção e representam nova fonte de riqueza ao campo.

Assim, por ser uma fonte de energia limpa, renovável, competitiva e praticamente inesgotável, o agronegócio passa a contar com uma solução segura e sustentável para seu suprimento elétrico, que traz redução de gastos com eletricidade de até 90%.

Desde 2012, já são mais de R$ 26 bilhões em investimentos acumulados, que geraram mais de 155 mil empregos acumulados, espalhados por todas as regiões do Brasil. No caso do agronegócio, a geração própria de energia solar atende mais de 43 mil usuários e possui cerca de 679 megawatts instalados no campo.

No mesmo período, o Brasil recebeu dos produtores rurais mais de R$ 3,2 bilhões de investimentos em energia solar, responsáveis pela geração de mais de 20 mil empregos nesta área, além de proporcionarem uma arrecadação aos cofres públicos de R$ 758 milhões no período. Atualmente, o segmento rural responde por 13,1% de toda a potência instalada em sistemas de geração própria de energia solar.

Outro ponto relevante na energia solar no campo é proporcionar eletricidade para áreas onde a rede elétrica ainda não chegou ou que funciona de forma precária e instável, que dependem muito de geradores à diesel, mais caros, poluentes e barulhentos.

Vale destacar que o agronegócio brasileiro possui algumas das melhores linhas de financiamento para sistemas fotovoltaicos, com destaque para as linhas de crédito “PRONAF Mais Alimentos” e “PRONAF Eco”, do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), importante apoio ao setor desenvolvido desde 2015, em parceria com a ABSOLAR, para democratizar o acesso à tecnologia por pequenos produtores rurais familiares, tornando-a mais eficiente, sustentável e competitiva.

O setor do agronegócio apoia o Projeto de Lei nº 5.829/2019, que criará o marco legal para a geração própria de energia no Brasil, como declaram publicamente a Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), dentre diversas outras entidades que representam produtores rurais.

Importante relembrar que o desconto de 30% na tarifa de energia a que os consumidores rurais fazem jus terminará em 2022. Portanto, a geração própria é a melhor alternativa aos produtores rurais, para evitar prejuízos, aumento dos preços dos alimentos e abrir novas oportunidades no campo.

A criação de um arcabouço legislativo para a geração própria de energia a partir de fontes renováveis é prioridade no cenário atual de duplo desafio, de promover o desenvolvimento socioeconômico diante da pandemia de covid- -19 e, também, o avanço do desenvolvimento sustentável do Brasil.

*Antonio Galvan é presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil)

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