Projeção é de crescimento de 36,8% na produção de grãos brasileira
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A próxima década promete ser de grande crescimento para o agronegócio brasileiro, segundo apontou o estudo Projeções do Agronegócio, Brasil 2021/2022 a 2031/2032, realizado pela Secretaria de Política Agrícola, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), pela Secretaria de Inteligência e Relações Estratégicas, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), e pelo Departamento de Estatística, da Universidade de Brasília (UnB).
As projeções realizadas pelo estudo analisaram 16 produtos monitorados mensalmente pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab): algodão, amendoim, arroz, aveia, canola, centeio, cevada, feijão, gergelim, girassol, mamona, milho, soja, sorgo, trigo e triticale.
Segundo o estudo, nos próximos dez anos o Brasil deverá produzir 36,8% a mais nas safras de grãos, em relação ao número da produção atual. Com isso, a produção estimada da safra de grãos 2031/2032 será de 370,5 milhões de toneladas.
Esse número corresponde a uma taxa de crescimento esperada de 2,7% ao ano. Os destaques devem continuar a ser o milho de segunda safra e a soja. O Estado do Mato Grosso vai liderar o crescimento da produção de milho nos próximos anos.
O documento estima que a produção do grão no Estado salte de 41,6 milhões de toneladas para 56,9 milhões de toneladas no período. Já a soja deve expandir a produção principalmente nos Estados de Mato Grosso, Pará, Rondônia e Mato Grosso do Sul.
As demandas do mercado interno e de exportações, somadas ao aumento da produtividade devem ser o motor para o crescimento da produção. Tanto a tecnologia deverá permitir maior aproveitamento, como a área de plantação de grãos deve crescer na próxima década.
As estimativas do Projeções do Agronegócio, Brasil 2021/2022 a 2031/2032 são de que a área de plantio de grãos cresça, em média, 1,6% ao ano. Com isso, deve-se passar dos atuais 74,3 milhões de hectares para 86,9 milhões de hectares em 2032.
A região conhecida como MATOPIBA, formada pelos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, deverá ser líder em crescimento da produção de grãos. A estimativa é de que a produção passe de 31,8 milhões em 2021/2022 para 40,2 milhões de toneladas em 2032. A área de plantio deverá chegar a 10,3 milhões de hectares na próxima década.
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Com o aumento da produção, as exportações dos principais grãos brasileiros também vão crescer. A estimativa é de que, em 2032, o Brasil exporte 114,9 milhões de toneladas de soja grão (48,9% a mais do que atualmente), e 19,5 milhões de toneladas de soja farelo (9,5% a mais do que o total atual).
O milho deve ter um crescimento de 25,2% nas exportações nos próximos dez anos, alcançado 46,3 milhões de toneladas exportadas.
Outro produto destaque do agronegócio brasileiro no cenário internacional são as carnes, e as exportações dessas devem crescer na próxima década. A carne de frango, que viu a produção saltar devido à procura por uma alternativa à carne bovina, também viu as exportações aumentarem esse ano, devido às crises de gripe aviárias na produção dos principais países concorrentes. Para a próxima década, as exportações devem aumentar 26,2%, alcançando 5,8 milhões de toneladas.
A carne suína, que também teve produção recorde este ano, deve ter as exportações aumentadas em impressionantes 38,9% nos próximos dez anos, alcançando 1,5 milhões de toneladas. Já a carne bovina deve ter um aumento de 34,1% na próxima década e alcançar 4 milhões de toneladas exportadas.
O documento Projeções do Agronegócio, Brasil 2021/22 a 2031/32, pode ser consultado no site do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Fonte: Gov.br, Jornal da USP, Companhia Nacional de Abastecimento, Nova Cana