O plantio já está em ritmo acelerado em vários dos principais estados produtores de soja
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Entre novembro, dezembro e janeiro, o Brasil ainda estará sob o efeito do fenômeno La Niña. Nos anos em que esse fenômeno ocorre, há chuva acima do normal no centro do Brasil, bem como nas Regiões Norte e Nordeste, e chuva abaixo da média na Região Sul e parte da Sudeste. Mesmo assim, as temperaturas de novembro devem ficar pouco acima da média histórica em todo o País.
Neste ano, o La Niña tem apresentado intensidade moderada e fraca, portanto as principais áreas produtoras de soja do País, localizadas no Centro-Oeste e no Sudeste, terão chuvas pouco acima da média histórica. A região que ficará mais prejudicada com a falta de precipitações provavelmente será o estado do Rio Grande do Sul, onde se estima chuva entre 30 e 50 milímetros da média para o período.
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Algodão: safra de 2021/2022 apresenta crescimento, mas fica abaixo de 2019/2020
O plantio da soja da safra 2021/2022 está bastante acelerado e batendo recordes. Segundo levantamento do portal Safras & Mercados, até o final de outubro 51% da área estimada de plantio de soja do País já estava semeada.
O destaque fica para o estado do Mato Grosso do Sul, em que o plantio já está em 83%. O Paraná, outro estado de destaque no mercado nacional de soja, está com a área semeada abaixo da média, apesar de já estar melhor do que no ano anterior. No estado, o clima irregular e a ausência de chuvas no início mês de outubro atrasaram o plantio e, em um segundo momento, o acúmulo de chuva em poucos dias exigiu o replantio em algumas áreas.
A expectativa do setor é otimista: o Brasil deve bater o recorde de produção e colher 143,75 milhões de toneladas de soja na safra 2021/2022. O volume deve ser 5,77% maior do que a colheita passada, e só deve ser alcançada se não houver surpresas em relação ao clima.
A área estimada de plantio de soja também deve bater recorde, podendo chegar a 40,3 milhões de hectares, o que marca um crescimento de 4,62% em relação a 2020, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Com a crescente demanda interna e externa, além do dólar em alta, o rendimento dos produtores também vem aumentando. De acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, a margem de lucro bruta dos produtores de soja do Paraná saltou de 97%, em 2018, para 286%, em 2021, enquanto os custos de produção subiram apenas 3,8%.
Se o panorama se manter nos próximos meses, o Brasil se encaminha para uma produção de soja recorde e com alta rentabilidade. Uma das poucas preocupações no setor é que o La Niña tenha interferência na distribuição das chuvas. O fenômeno pode fazer altos volumes de precipitação se acumularem em um curto período, afetando áreas de plantação.
Fonte: Quimiweb, União Nacional da Bioenergia, Embrapa, Agência Embrapa de Informação Tecnológica, Agência de Notícias do Paraná.