Qual é a relação da indústria da beleza com o agronegócio?

7 de junho de 2021 4 mins. de leitura
Interação entre setores é fundamental na produção de insumos para a produção de cosméticos

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O agronegócio pode ser definido como a soma das operações de produção e distribuição de suprimentos agrícolas, que podem ser alimentos in natura ou processados, biocombustíveis e têxteis.

Quando o agronegócio é citado, parte das pessoas o relacionam à atividade de produção intensiva de plantações de soja, milho e café ou à criação de rebanhos de suínos, bovinos e aves. 

Mas o agronegócio também é representado por produtores, agricultores e apicultores que produzem outros insumos, como algodão para as tecelagens, criação de ovelha para a lã, gordura vegetal e animal para a criação de produtos de cuidado e higiene, como também o extrativismo para a produção de produtos naturais.

A indústria da beleza e suas matérias-primas 

A castanha, a noz e até o café são utilizados como matéria-prima para criação de óleos essenciais. (Fonte: Pixabay)
A castanha, a noz e até o café são utilizados como matéria-prima para criação de óleos essenciais. (Fonte: Pixabay)

Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec), o nosso país é o terceiro maior consumidor de produtos de beleza. Nos últimos anos, a busca no mercado de beleza por cosméticos autênticos e naturais aumentou. 

Um exemplo é a empresa Natura, que viu nesse cenário uma opção de investimento e criou um modelo de negócio que valoriza o manejo da Floresta Amazônica e práticas agrícolas sustentáveis para diminuir o desmatamento. Desde 2011, a Natura promove ações visando à sustentabilidade na região, acumulando mais de R$ 1,2 bilhão em volume de negócios na área. 

Além disso, há ainda mudanças no viés jurídico para adequar melhor essa relação. Escritórios de advocacia já estão elaborando contratos mais alinhados ao produto e ao seu uso. As relações comerciais que tinham a finalidade de vender matérias-primas do agronegócio para o segmento alimentício já estão se adaptando a outros segmentos, como beleza e moda. 

Por exemplo, o café que, tradicionalmente, é vendido para a indústria alimentícia passou a ter o seu grão verde comercializado em indústrias de beleza para a produção de óleos essenciais. Essa mudança promove alterações quanto ao prazo de entrega, à logística e às condições do insumo. 

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O agronegócio é parte da solução

Abelhas são grandes aliadas da beleza e do agronegócio

As abelhas têm um papel importante de polinização e produção de mel, que favorece tanto o agronegócio quanto a indústria da beleza. (Fonte: Pixabay)
As abelhas têm um papel importante de polinização e produção de mel, que favorece tanto o agronegócio quanto a indústria da beleza. (Fonte: Pixabay)

No agronegócio e na indústria da beleza, há ainda outro fator extremamente importante: as abelhas. Esses insetos são responsáveis por polinizar a maior parte das culturas agrícolas e geram boa parte dos frutos que consumimos. 

Em 2019, o Brasil produziu 46 mil toneladas de mel. Além de ser utilizado como alimento, ele também está na composição de vários cosméticos, além de ser utilizado como antibiótico natural na indústria farmacêutica. 

Assim, podemos perceber que, com o passar do tempo e os avanços tecnológicos, há uma tendência maior de relacionamento e crescimento da indústria da beleza e do agronegócio. Afinal, se antes uma matéria-prima tinha apenas uma finalidade, hoje, com a biotecnologia, esse insumo pode ser alterado e ter novas funcionalidades, otimizando e diversificando o seu uso na sociedade.

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Fonte: Natura, Cosmetic innovation, Forbes, Agropos, JusBrasil.

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