Maior produtor de maçã do Brasil, o Estado espera colher metade da produção nacional da fruta nesta safra
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Santa Catarina, o maior produtor nacional de maçã, espera colher 550 mil toneladas da fruta na safra 20/21, um resultado 17% superior ao período anterior, de acordo com informações da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri).
O Brasil produz em média R$ 7 bilhões por ano de maçã e emprega 45 mil pessoas na época de colheita. Santa Catarina espera colher metade da produção nacional e tem cerca de 3 mil produtores dedicados aos pomares. Somente em Fraiburgo, considerada a capital da maçã no Estado, foram gerados 1.706 empregos para a atual colheita.
A expectativa dos produtores é de uma safra com maçãs de excelente qualidade e de uma retomada da demanda internacional. O País exportou em torno de US$ 40 milhões da fruta no ano passado e os catarinenses responderam por US$ 16,5 milhões dos embarques que, em 2021, podem crescer 60%, segundo estimativa da Associação Brasileira de Produtores de Maçã (ABPM).
As principais variedades produzidas nos pomares catarinenses são a gala, que representa 60% do total, e a fuji, com cerca de 40% de participação. Os dois tipos são cultivados de forma conjunta nos pomares, pois a macieiras somente conseguem dar frutos a partir da polinização cruzada — o pólen da fuji precisa polinizar a flor da gala e vice-versa.
A macieira fuji só consegue produzir a fruta com a coloração, formato e qualidade ideais acima de 1,2 mil metros do nível do mar. A região produtora catarinense abriga um dos pontos mais altos do País, com uma altitude média de 1.360 metros, e tem cerca de 800 horas de frio por ano. A variedade gala produz bem em altitudes de até 800 metros.
O Rio Grande do Sul é o segundo maior produtor nacional e responde por aproximadamente 46% da maçã brasileira. No Estado, a variedade gala responde por 70% dos pomares – concentrados no município de Vacaria –, enquanto 30% são da fuji.
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No início de março, uma tempestade de granizo afetou os pomares na região serrana catarinense. Em apenas 10 minutos, o fenômeno causou estragos que podem ter alcançado até 90% das maçãs e nem mesmo as telas de proteção dos pomares foram suficientes para conter o gelo.
Os danos não devem afetar o volume de produção, mas podem depreciar o valor da fruta, estimam os produtores. O preço da caixa de 350 quilos, que varia entre R$ 600 e R$ 700, pode chegar a R$ 100 com os estragos provocados. As frutas machucadas ficam sujeitas à entrada de fungos oportunistas que causam podridão.
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Fonte: Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), NSC Total, Agrolink.