Mesmo com participação de 20% no PIB brasileiro, empresas do agronegócio representam apenas 4% das ações negociadas na Bolsa de Valores pandemia
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Empresas do agronegócio estão descobrindo uma nova forma de conseguir investimentos: a abertura de capital (IPO) na Bolsa de Valores. No ano passado, a Jalles Machado S.A. foi a primeira companhia do setor a entrar na B3 desde 2013; e os pedidos de negociação de ações das companhias agropecuárias começaram a crescer.
Essa tendência reflete a expectativa do ciclo de alta das commodities agrícolas no mercado global e o crescimento do agronegócio, mesmo quando a pandemia do coronavírus provoca retração econômica. Além disso, é fruto do cenário de juros baixos em 2020: com a taxa Selic a 2% ao ano, as empresas procuram novas formas de captação de recursos.
A potencialidade da entrada de novas companhias do agro na Bolsa é alta. Atualmente, ações do setor respondem por apenas 4% do volume negociado, enquanto têm mantido participação média de 20% no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro nos últimos anos.
O processo de abertura de capital é demorado e dispendioso, e uma série de formalidades deve ser cumprida. Entre as principais, estão a solicitação de registro na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e de listagem na B3. De acordo com a Forbes, até o início de novembro do ano passado, 38 companhias estavam registradas na CVM, e a metade delas já havia concluído a listagem em Bolsa na B3.
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Com mais de 40 anos no processamento de soja, a Oleoplan tem parques industriais em Veranópolis (RS) e Iraquara (BA), além de um terminal hidroviário em Canoas (RS) para o escoamento das exportações e 20 filiais de recebimento de grãos.
A companhia atua há quatro décadas no mercado e tem cinco Unidades de Beneficiamento com capacidade para armazenar 111 toneladas de sementes de milho, feijão e soja por hora. A Boa Safra comercializa seus produtos em todas as regiões do Brasil.
Fundado em 1969, o Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) desenvolve inovações tecnológicas para o setor sucroenergético; em 1994, inaugurou um laboratório de biotecnologia agrícola. Nos últimos cinco anos, as variedades da empresa respondem por um terço do plantio dos canaviais brasileiros.
Especializado em biotecnologia e insumos agrícolas com mais de 50 anos de atuação no mercado, o Grupo Vittia é formado por seis empresas localizadas em São Paulo e Minas Gerais. Entre elas, Biosoja, indústria focada no futuro do agronegócio; Samaritá, empresa do ramo de solução de problemas do setor; Granorte Fertilizantes, que produz fertilizantes; e Biovalens, que atua na produção e na comercialização de inoculantes.
A Companhia Mineira de Açúcar e Álcool (CMAA) tem 14 anos de atuação e é uma das maiores no segmento de etanol e bioeletricidade em Minas Gerais. Apesar de ter capital aberto, suas ações ainda não são negociadas na Bolsa.
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Fonte: Estadão, Forbes, Jornal Opção.