Aproximação da população com cultura do café expande mercado para cafeicultores e cadeias internacionais
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A China tem-se tornado uma verdadeira admiradora do café. Apenas na última década, o mercado do grão aumentou 16% anualmente no país asiático e tem crescimento estimado de US$ 42,3 bilhões para os próximos anos.
O mercado tem sido impulsionado pelo crescente interesse da população jovem pela indústria cafeeira, o que vem mudando a realidade de um país tradicionalmente consumidor de chá. Quem se beneficia disso são os grandes países produtores do grão, como o Brasil, que têm no aumento de consumo uma possibilidade para expandir seu comércio internacional.
Em entrevista para o portal Comex do Brasil, o diretor técnico do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), Eduardo Heron Santos, disse que as exportações de café brasileiro para a China cresceram 110% entre 2015 e 2019.
Segundo os dados do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), o Brasil é o maior produtor mundial de café atualmente, detendo 28% de toda a produção. A safra de 2019/2020 chegou a 49 milhões de sacas no País.
Portanto, encontrar espaço para expandir suas vendas para a nação mais populosa do planeta pode ser um importante passo para aumentar a lucratividade do grão. Outro ponto que conta a favor do Brasil é que, desde 2009, a China é a maior parceira comercial do País, segundo os dados do Ministério da Economia.
Por mais que a população chinesa tenha aumentado o consumo de café durante a última década, o país ainda parece estar longe de alcançar o teto para o produto. Nas estatísticas de consumo per capita, os chineses bebem em média apenas seis xícaras de café por ano.
Para se ter ideia, em um país ocidental, como a Finlândia, o consumo per capita atinge a marca de 1,2 mil xícaras por ano. Os números são baixos até mesmo em comparação com países orientais com cultura de consumo parecido. No Japão e na Coreia, o consumo per capita é de 180 xícaras.
A possibilidade de crescimento é o que tem atraído grandes indústrias do mercado do café para a região. No início de 2020, a Starbucks — maior rede de café do mundo — anunciou um plano de construir um parque de inovação do grão no leste da China.
A estrutura teria investimento inicial de US$ 130 milhões e deve entrar em operação no verão de 2020. A iniciativa da Starbucks abre portas para que outras empresas do setor se aventurem na região, expandindo ainda mais o consumo do produto no país.
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Fonte: Café Point, Comex do Brasil, CNA Brasil, Consórcio Pesquisa Café e Governo Federal.