Autoridades e especialistas em produção agrícola debatem temas que dizem respeito ao mundo todo: desenvolvimento sustentável e preservação ambiental
Publicidade
Quais são os planos do Brasil para garantir o desenvolvimento produtivo e ao mesmo tempo a sustentabilidade? Abrindo as discussões do Summit Agronegócio Brasil 2020, o Estadão convidou especialistas da área e buscou revelar o que evoluiu e o que ainda precisa melhorar no cenário.
“As perspectivas da agricultura brasileira sustentável, eficiente e inclusiva são muito boas. Temos números que permitem dizer isso com tranquilidade. A contribuição do agro tem sido muito intensa: 20% da geração de empregos, 45% da exportação nacional, 21% de nosso PIB [Produto Interno Bruto]”, destaca o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), César Hanna Halum, que aponta que o governo atua em três plataformas: inovação e sustentabilidade; agricultura familiar mais inclusiva e combate à pobreza rural; e ordenamento territorial, exemplificado pela regularização fundiária e ambiental.
“Acho que elas vão nos dar as condições de preparar o Brasil cada vez mais para produzir com sustentabilidade”, acredita o secretário, ressaltando que os recordes batidos nos últimos anos são resultado de cinco décadas de investimentos. “Pela tecnologia aplicada, pelos resultados das pesquisas feitas — com a Embrapa [Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária] desenvolvendo novas variedades e novas técnicas e com o plantio direto, que mudou a forma de produção no Brasil e nos colocou no patamar de grande país produtor e exportador —, economizamos 123 milhões de hectares, que deixaram de ser desmatados em função dessas abordagens”, complementa.
“Nessa fase de adaptação climática, o Brasil tem cumprido todos os seus compromissos”, defende Halum, dizendo que planos elaborados por aqui estão sendo copiados no mundo inteiro.
“Quando olho para o próximo ano e para o futuro de uma maneira geral, vejo nosso real desafio: a dimensão e a diversidade do Brasil. Somos o país com a maior área ambiental protegida do planeta, além de um dos maiores do mundo no agronegócio. Isso significa que temos uma responsabilidade enorme e que precisamos alocar recursos compatíveis com essa grandeza para gerir esses dois grandes ativos”, reflete Gustavo Diniz Junqueira, secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento de São Paulo, considerando também a expectativa global. “O setor privado detém o protagonismo”, ressalta.
“A esperança e o medo das pessoas do mundo residem no agro”, acredita Junqueira, evidenciando que o respeito ao meio ambiente é consenso da produção no Brasil e que é preciso conhecer e valorizar a importância das áreas protegidas. “Com o espírito inovador e empreendedor que nos trouxe até aqui, tenho certeza de que vamos continuar nossa importante e próspera trajetória em um mundo cada vez mais exigente de sanidade, rastreabilidade e sustentabilidade”, destaca.
Para conferir as discussões completas do evento, incluindo a palestra “O futuro do agronegócio brasileiro no novo cenário internacional”, com Justin Adams, diretor-executivo da TFA, e o primeiro painel do Summit Agronegócio Brasil 2020, “Erros, acertos e exigências aqui e lá fora”, com a participação de diversos especialistas da área, basta clicar no player a seguir.
Fonte: Estadão e Canal Agro.