Segundo o estudo, mesmo com a pandemia em 2020, as chamadas agtechs cresceram sua atuação no mercado
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Fruto da parceria entre a Embrapa, SP Ventures e Homo Ludens Research and Consulting, com o apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o Radar Agtech Brasil 2020/2021 mostra que o País tem 1.574 startups atuando no setor do agronegócio. Em comparação com a pesquisa realizada em 2019, as agtechs ativas aumentaram 40%.
O termo agtech surgiu nos Estados Unidos para denominar empresas que promovem inovações no setor do agro, com novas tecnologias aplicadas no campo. Assim, esse tipo de startup pode desenvolver softwares e hardwares para o setor, incluindo iniciativas voltadas para alternativas energéticas, aproveitamento de resíduos, monitoramento, biotecnologia, entre outras.
O mapeamento atualizado apresenta o panorama nacional das empresas de base tecnológica para o agronegócio. Essas informações são importantes, uma vez que contribuem para o ambiente de empreendedorismo no campo, além de trazer dados estratégicos que podem guiar políticas públicas nos próximos anos.
A nova versão do Radar Agtech Brasil 2020/2021 detalhou as startups por segmento de atuação, categoria e distribuição geográfica, além de mapear quem são os investidores. A edição identificou 78 instituições que investiram e apoiaram o empreendedorismo das agtechs por meio de incubação, aceleração e investimentos.
Além disso, o estudo explicitou quais são as agtechs nacionais beneficiadas por programas ou instituições que aportaram recursos financeiros e dão apoio ao desenvolvimento do negócio. O destaque foi para as da Região Sudeste.
O estado de São Paulo mantém a liderança em número de startups desse setor, sendo 48% do total. A capital paulista é referência para esse tipo de negócio, sendo classificada como o 18º ecossistema de startups do mundo, segundo o estudo de 2020 da StartupBlink. Nessa edição do Radar Agtech Brasil, a Região Nordeste surpreendeu e foi o local com maior número de novos empreendedores — em comparação com 2019, as agtechs do Nordeste aumentaram 84,6% e as do Norte 53%.
Além disso, o estudo mostrou que a maioria das startups que atuam antes da fazenda está voltada à área de fertilizantes e inoculantes, enquanto para as que atuam dentro da porteira o destaque vai para sistemas de gestão de propriedade rural. Por fim, depois da fazenda, o segmento de destaque é para alimentos inovadores, novas tendências alimentares, marketplaces, bem como plataformas de negociação e venda de produtos agropecuários.
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O estudo também avaliou novas possibilidades no contexto de cooperação e complementaridade entre Brasil e China no mercado de inovação e geração de novos negócios agrícolas. Essa parceria é importante, afinal os chineses ocupam o segundo lugar entre os principais ecossistemas empreendedores mundiais — além de serem um dos principais parceiros comerciais do agronegócio brasileiro.
Para a diretora-executiva de Inovação e Tecnologia da Embrapa, Adriana Regina Martin, o Brasil está na vanguarda da digitalização na agricultura. Adriana ressalta que a ampliação digital que houve na pandemia coloca o País em uma posição diferenciada, gerando competitividade e fomentando diferentes ferramentas de abordagem na agroecologia, bioeconomia e agricultura urbana.
Assim, o Radar Agtech Brasil dá maior visibilidade às agtechs, dando subsídios informacionais que atraem novas oportunidades de negócio. O estudo facilita a inovação aberta e aproxima empreendedores, pecuaristas e agricultores, universidades, bem como representantes do governo.
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Fonte: Embrapa.