Opção traz sustentabilidade para a agricultura e abre uma série de oportunidades para o campo brasileiro
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O proprietário rural tem como meta aumentar a produção, não abrir mão da sustentabilidade e manter ainda boa margem financeira. Desafio difícil, não? Por isso, as áreas de pesquisa e desenvolvimento ligadas a insumos e tecnologias produtivas podem ser a chave nessa difícil equação para colocar o agronegócio brasileiro na dianteira.
Diante disso, uma universidade pública apresentou nas últimas semanas mais uma boa notícia para o produtor brasileiro: um fertilizante orgânico à base de microalgas — “bom, bonito e barato” para a produção do campo, que precisa de alternativas em virtude da alta do dólar.
Conheça mais sobre essa inovação e saiba como ela pode ser usada na sua propriedade.
A novidade vem da Universidade Federal do Paraná. O Programa de Pós-Graduação em Agronomia – Produção Vegetal (PPGAV/UFPR), que conta com 26 anos e conceito 5 na CAPES (excelência nacional), depositou sua primeira patente verde no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) por meio da pesquisa que resultou no biofertilizante orgânico.
A pesquisa foi capaz de produzir aminoácidos livres da biomassa de uma microalga de alto teor proteico. Durante o experimento, os cientistas ligados ao desenvolvimento do insumo comprovaram os efeitos no crescimento das plantas através da comparação de culturas — algumas receberam o insumo e outras não, o que permite isolar a contribuição dessa variável no crescimento.
O benefício da pesquisa é relevante porque se trata de uma fonte bioativa capaz de estimular o desenvolvimento das plantas e contribuir fortemente com o agronegócio brasileiro. O experimento foi feito com alfaces; porém, além dessas folhagens, muitas outras culturas podem receber a contribuição.
Essa versatilidade se dá porque a microalga usada como substrato pode ser cultivada em qualquer local do País em diferentes ambientes (água doce, salobra e solo seco ou pantanoso). Por isso, possui ampla aplicabilidade comercial.
Além disso, trata-se de um insumo cuja produção é sustentável e possui ótimo potencial tanto para exportação quanto para consumo interno. Os biofertilizantes podem ser obtidos por fermentação ou fracionamento a partir de microalgas oceânicas, conhecidas como “reservatórios” de gás carbônico, reduzindo os efeitos da emissão desse gás na atmosfera.
Outro fator que chama a atenção é que, por ser orgânica, a biomassa permite que o produtor agregue valor ao produto. A agricultura orgânica é bastante valorizada no mercado externo e, no mercado nacional, a margem de consumidores que optam por métodos sustentáveis é crescente, sobretudo após a previsão legal de que os hortifruti devem ser rastreados desde a plantação até a mesa.
Por ser recém-patenteado, ainda não há previsão de chegada do produto nas lojas especializadas, mas a indústria de insumos já pode apostar na tecnologia.
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Fonte: Summit Agro e UFPR.