Mapa regulou novas formas de defensivos biológicos que podem ser comercializados
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Novembro trouxe uma novidade aos produtores brasileiros em relação ao registro de defensivos: a Instrução Normativa (IN) n. 109/2020 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicada no dia 18 apresentou quatro alterações nas especificações de referência relativas ao assunto.
A partir de agora, os produtores têm três novas possibilidades de uso de agentes biológicos de controle e uma para agentes microbiológicos. De acordo com o documento, as empresas do setor podem comercializar esses produtos, e isso é importante porque as especificações de referência são o roteiro com base no qual as empresas que vendem fitossanitários devem se orientar para introduzir novidades no mercado.
Além de adaptações em permissões já vigentes, a mudança do documento prevê a inserção das seguintes especificações de referência — três delas se referem a agentes biológicos de controle de pragas:
A quarta ER se refere a um agente microbiológico:
As especificações de referência são importantes para que os agricultores possam ter à disposição insumos confiáveis após um período rigoroso de testes. Nesse caso, trata-se de produtos eficientes e com baixo impacto sobre a saúde e o meio ambiente, por isso a ER funciona como um selo de confiança.
O trabalho da vigilância sanitária e do Mapa são importantes porque nem sempre o impacto é superficial. O uso indiscriminado de agrotóxicos pode ser um problema sério para a saúde animal e humana, sobretudo por conta de um fenômeno chamado bioacumulação: em níveis tróficos superiores, ingere-se o acúmulo de defensivos químicos das cadeias abaixo.
Isso quer dizer que se uma ave come ração de milho com agrotóxico em nível inseguro, guarda esse material em seu tecido adiposo e o passa para o homem, que pode ter problemas de saúde por ser consumidor tanto o milho quanto o frango, no caso de esses alimentos não estarem dentro de uma margem segura.
Além disso, a contaminação do solo e da água gera ações ambientais comuns, entre diversos outros. Esse cuidado tem sido mais frequente em razão dos impactos destrutivos das queimadas, do desmatamento e do resultado financeiro que isso gera para agronegócio brasileiro, como debatido no Summit Agro 2020.
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Fonte: IN, MAPA, Summit Agro.