Qual o real papel da agricultura 4.0 e das plataformas sistêmicas no agronegócio mundial?

26 de abril de 2021 4 mins. de leitura
Aumento da população vai impulsionar a procura por alimentos

Embaixadores do Agro

Uriel Rotta e André Moura*

De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), em apenas três décadas a população mundial deve aumentar em 2 bilhões de pessoas, chegando a 8,6 bilhões em 2030 e, finalmente, à impressionante marca de 9,7 bilhões em 2050. Enquanto isso, recursos essenciais como água e terras cultiváveis estão diminuindo a cada safra, principalmente devido à poluição, à degradação do solo e ao aumento das áreas urbanas.

Esse contexto de escassez de recursos alterou drasticamente e de forma irreversível os métodos de produção tradicionais, forçando os produtores a adotarem novas tecnologias e a pensarem em novas soluções.

Com isso, a agricultura vivencia um momento de grande expansão tecnológica, mudando a forma de olhar não só para áreas de cultivo, mas também para toda a cadeia produtiva de alimentos, dos pequenos produtores às grandes fazendas, das indústrias de insumos aos canais de distribuição, transformando toda rede de produção ao torná-la mais produtiva, sustentável, econômica e resiliente. Processo esse denominado de agricultura 4.0.

Assim, pode-se afirmar que a agricultura 4.0 foi arquitetada e impulsionada, principalmente, pelo aumento na demanda global de alimentos, além, é claro, de uma maior pressão por boas práticas de produção e sustentabilidade.

Somadas a isso, há inúmeras iniciativas públicas e privadas em vários países, para a adoção de ferramentas e maquinários com tecnologias mais avançadas, objetivando melhor rendimento das lavouras e qualidade no produto final.

A performance muito acima da média no agro brasileiro se deve, principalmente, às mudanças nos modelos de negócio, novas práticas de cultivo e principalmente, ao aumento do uso da tecnologia dentro e fora das porteiras. E para que o Brasil surfe essa onda, atingindo todo o seu potencial, é crucial que as empresas continuem inovando, criando soluções disruptivas e acompanhando as novas tendências de todo o globo.

Tecnologias como plataformas digitais, internet das coisas, inteligência artificial, máquinas autônomas, predileções, automações, integrações entre sistemas e pessoas, dentre outras melhorias, são essenciais para que o setor atinja a máxima eficiência e seja cada dia mais sustentável.

Como não poderia ser diferente, a cadeia de distribuição dos insumos, essenciais à produção, também já está sendo revolucionada por ferramentas da agricultura 4.0. Um bom exemplo é a A2W Plataforma Agro, uma plataforma digital com o propósito de integrar as informações e encurtar as distâncias entre empresas e clientes, disponibilizando uma ferramenta potente, capaz de reduzir o tempo de resposta às demandas do produtor rural e, ainda de quebra, disponibilizar todas as informações necessárias para que este possa gerenciar sua atividade com mais segurança, eficiência e agilidade.

A partir de agora, portanto, as agroindústrias, os canais de distribuição de insumos agropecuários, as cooperativas e, principalmente, os produtores rurais, contam com esse grande aliado na transformação digital. Fazendo com que essa tecnologia de ponta, marcada pela flexibilidade, facilidade de integração entre as diversas fontes de dados, a mobilidade dos softwares em nuvem no formato SaaS (software as a service), a segurança das aplicações especialistas e a eficiência proposta pela tecnologia WebServices, possibilite que os algoritmos de inteligência artificial, a conectividade das informações (IoT) e todos os demais benefícios da agricultura 4.0 trabalhem a favor do agronegócio 24 horas por dia, 365 dias por ano.

Integrar soluções diversas, melhorar a comunicação, conquistar maior interação e interatividade, estar mais presente no dia a dia dos agentes de mercado, com informações relevantes para tomada de decisão, trará ainda mais valor ao segmento, mais sustentabilidade e melhores resultados para agroindústrias, canais de distribuição e produtores rurais.

*Uriel Rotta, sócio da Stracta Consultoria e da WBGI Venture Builder

*André Moura, CEO da A2W Tecnologia e Inovações – empresa associada Esalqtec

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