Técnica de suplementação ajuda a saúde animal e pode otimizar a produção pecuária
Publicidade
Assim como os seres humanos, os animais de criação precisam de uma alimentação completa que garanta o fornecimento de uma ampla gama de nutrientes para o melhor desempenho das funções corporais. Entretanto, algumas pastagens, e até mesmo rações, deixam a desejar na oferta de nutrientes, o que pode reduzir os lucros nas atividades produtivas e, inclusive, causar problemas de saúde.
A não obtenção de uma alimentação adequada ocasiona diversos problemas para bois em sistemas de criação. A carência de nutrientes essenciais como proteínas, vitaminas e minerais, pode resultar em distúrbios nutricionais, afetando o crescimento, desenvolvimento muscular e imunidade dos animais. Como consequência, isso pode levar a atrasos no ganho de peso, redução na eficiência alimentar e predisposição a doenças.
A suplementação é especialmente crucial em situações de pastagens de baixa qualidade ou durante períodos de escassez de forragem, garantindo que os bois recebam nutrientes adequados para seu desempenho e bem-estar.
A falta de suplementação também pode impactar negativamente a saúde reprodutiva. Baixas taxas de concepção e distúrbios hormonais são problemas comuns em animais não submetidos ao tratamento. Portanto, uma abordagem balanceada de alimentação com suplementos adequados é essencial para garantir a saúde e a produtividade na pecuária.
Uma das formas de suplementação mais antigas era a inclusão de sal branco, importante fonte de cloro e sódio, na dieta animal. Porém, conforme o entendimento nutricional e as tecnologias de desenvolvimento animal avançaram, percebeu-se que muito mais do que somente esse suplemento pode ser necessário.
Para realizar uma boa suplementação, é preciso entender a realidade do animal, da pastagem e também considerar os objetivos da produção. O fornecimento de nutrientes nos pastos varia conforme a época do ano, a incidência de luz e calor sobre as plantas e a até sobre o tempo de sombra presente na área. Por isso, alguns pontos são sinais de que a suplementação pode ser necessária.
Vale ressaltar que é sempre importante consultar nutricionistas ou veterinários especializados em nutrição animal na hora de suplementar. Desenvolver um plano de suplementação adequado requer entender as condições específicas da sua fazenda e os requisitos dos seus animais.
Supervisão profissional é fundamental para definir o plano de suplementação. (Fonte: Getty Images/Reprodução)
Entre os nutrientes disponíveis na suplementação animal, estão opções como selênio, manganês, zinco, cobre, iodo, probióticos e leveduras. Na categoria de suplementação mineral estão presentes macroelementos como cálcio, cloro, enxofre, fósforo, magnésio, potássio e sódio e microelementos como cobalto, selênio, zinco, ferro, iodo, manganês e cobre.
Segundo estudos da Associação Brasileira das Indústrias de Suplementos Minerais (Asbram), o investimento de R$ 1 na suplementação tem um retorno de R$ 2. Ainda segundo a associação, estima-se que cerca de 50% rebanho brasileiro é sujeito à suplementação.
Fontes: Embrapa, Rehagro, Indubras, Nutrimosaic