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Ministério da Agricultura reforça medidas contra a peste suína

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O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) promoveu ações e reforçou o controle de vigilância e prevenção contra a Peste Suína Africana (PSA). As medidas foram tomadas após a República Dominicana ter confirmado casos da peste no fim de julho — até agora mais de 30 mil animais já foram abatidos como forma de contenção da doença.

Para evitar que a enfermidade entre no Brasil, o Mapa ampliou os planos de prevenção do ingresso de alimentos e resíduos orgânicos nos aeroportos. Ações de fiscalização de dirigentes do ministério em conjunto com agentes federais estão sendo realizadas, principalmente no Aeroporto de Guarulhos, que recebe 76% dos passageiros internacionais que entram no País.

Planos de contenção da PSA

A PSA pode ser transmitida para os animais por meio de restos de alimentos que são dados aos porcos e que vem de países onde há contaminação. Foi assim que a doença chegou ao continente americano no final dos anos 1970. No Brasil, o último registro de casos da PSA foi em Pernambuco, em 1978.

Desde a comunicação da confirmação da patologia na República Dominicana, o governo brasileiro emitiu um alerta para órgãos que atuam no controle de importações, na vigilância agropecuária e nos serviços oficiais de saúde animal.

Além disso, foi lançado o Plano Integrado de Vigilância de Doenças dos Suínos, desenvolvido pelo Departamento de Saúde Animal e Secretaria de Defesa Agropecuária, com participação do Serviço Veterinário Oficial dos estados (SFAs e OESAs) e da iniciativa privada. Esse documento visa coordenar as medidas de prevenção da doença por meio de vigilância sorológica, inspeção de abatedouros e de granjas, bem como pela investigação de cargas suspeitas.

Efeitos da PSA no mercado

Além do medo pela alta taxa de mortalidade de porcos causada pela doença, os setores produtivos se preocupam com qualquer foco de transmissão que possa aparecer no País, porque isso pode fazer toda a exportação ser cancelada. O Brasil é o quarto maior produtor e exportador de carne suína do mundo.

A PSA atingiu a China em 2018 e alastrou-se rapidamente. O país, que é o maior produtor e consumidor de carne de porco do mundo, perdeu 60% do seu rebanho. Em 2020, iniciou-se a recuperação dos rebanhos, mas quando os níveis voltavam à normalidade, novas cepas da doença surgiram na China, na Europa e na África. No primeiro trimestre de 2021, a doença voltou a se espalhar e atingiu 25% dos rebanhos do Norte da China.

China perdeu 60% do seu rebanho de porcos em 2018. (Fonte: Mark Stebnicki/Pexels/Reprodução)

O vácuo deixado pelo mercado chinês fez o Brasil atingir recordes de exportação de carne de porco — só em 2020 foram pouco mais de 1 milhão de toneladas exportadas para mais de 97 países. O Estado de Santa Catarina é responsável por mais da metade desse número, com cerca de 523,3 mil toneladas de carne suína exportada.

O que é a Peste Suína Africana?

A Peste Suína Africana é uma doença viral hemorrágica que não tem cura nem vacina. Ela pode afetar suínos domésticos e javalis, e a sua alta transmissibilidade preocupa porque, em granja, as taxas de mortalidade chegam a 90%. A doença não é transmitida para humanos.

PSA chega a matar 90% dos porcos em granjas contaminadas. (Fonte: Barbara Barbosa/Pexels/Reprodução)

Uma das dificuldades no controle da propagação dessa peste é que os sintomas iniciais podem ser confundidos com outras doenças comuns em criações de porcos, como a circovirose e a salmonelose. Quando a taxa de mortalidade elevada aparece, já pode ser tarde demais. Por isso, a recomendação é para que assim que os sintomas forem notados, sejam comunicados às autoridades locais para a condução de testes.

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Fonte: Suíno Cultura Industrial, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Agência Brasil, Agência Brasília, Jornal Celeiro, Suíno Cultura Industrial, fazcomex. 

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