Em função do surto de coronavírus, as demandas de carne originadas na China devem sofrer um grande impacto
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Como o mundo inteiro já sabe, o Coronavírus, que teve origem confirmada em Wuhan, na China, está se proliferando muito rapidamente. Já são mais de 28 mil pessoas infectadas com a doença, e existem milhares de outros casos ainda suspeitos. Embora haja uma força-tarefa mundial para conter ou, pelo menos, amenizar a velocidade de disseminação do coronavírus, a pandemia da doença pode afetar as exportações de carne demandadas pela China e outras diversas atividades agropecuárias.
Existe uma grande preocupação do governo chinês em relação aos riscos apresentados pelo consumo de carnes no país. Apontado como possível causador do novo vírus, o mercado de venda de animais silvestres e selvagens está proibido temporariamente em Pequim. Além do desequilíbrio ambiental causado pela venda, a aproximação entre humanos e animais selvagens pode contribuir para o avanço desenfreado do coronavírus.
Em nota oficial emitida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), por enquanto as exportações brasileiras de carne não devem ser afetadas. “De maneira geral, o coronavírus também pode causar infecções em animais. Entretanto, as investigações ainda estão em andamento para identificar e estabelecer as espécies com potencial de ser um reservatório dessa doença. Até o momento, com base nas informações disponíveis, não temos relatos do vírus em qualquer espécie animal. Ressaltamos ainda que a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) não fez nenhuma restrição de comercialização de produtos e de animais”, afirma o Ministério.
Há uma previsão de aumento na exportação de carne direcionada à China justamente pelo cenário atual. Segundo o presidente da JBS, Gilberto Tomazoni, no ano 2000, após o surto da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), deu-se um aumento significativo na importação de carne de origem brasileira. É com base no histórico de importação na época em que a SARS tomou conta da China que existe a previsão de aumento na demanda por carne no país.
Segundo Li Lanjuan, epidemiologista e conselheira técnica da Comissão Nacional de Saúde da China, o coronavírus pode ser transmitido para cães e gatos. Embora não exista qualquer caso suspeito ou confirmado a respeito da questão dos animais de estimação, a especialista alertou sobre a possibilidade de contaminação entre espécies mamíferas, portanto todos os cuidados com higiene e prevenção devem ser tomados.
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Fontes: Mapa