Cólicas e acidose são alguns dos efeitos comuns em cavalos com dieta desbalanceada de capins com excesso de carboidrato solúvel
Publicidade
Tendo um estômago simples e com apenas 20% da capacidade de digestão do intestino delgado, cavalos são extremamente dependentes do manejo correto da alimentação para crescerem fortes e longe de problemas do trato gastrointestinal. Essa é uma informação relevante na hora de escolher quais gramíneas serão compradas para o desenvolvimento do pasto.
A alimentação correta é tão importante para a saúde dos equinos que, em casos mais raros, alguns tipos de capim podem desencadear até mesmo a morte dos animais.
Em fazendas onde as produções de capins não são manejadas corretamente, é possível que os cavalos desenvolvam problemas como cólica e acidose, condição causada pelo acúmulo de ácido no sangue. O caso pode ser tão alarmante a ponto de a forrageira causar o óbito do animal em decorrência de problemas intestinais.
Isso porque, apesar de as espécies de capim Panicum terem crescimento muito eficiente em terra fértil e nas condições favoráveis, seu consumo em excesso gera uma sobrecarga de nutrientes no corpo equino. No Norte do Brasil, onde recebe muita luz e calor, essa gramínea pode atingir seu desenvolvimento máximo e se tornar uma verdadeira praga.
O comprimento do capim afeta o processo de fotossíntese, e a planta acaba produzindo mais energia e acumulando mais glicose em forma de amido. O excesso de amido não é bem digerido no começo do trato gastrointestinal dos cavalos e para na região do ceco e do cólon, onde pode gerar graves problemas de saúde.
A melhor maneira de combater esse problema é manter o capim baixo. No Estado de São Paulo, por exemplo, a gramínea encontra dificuldade para crescer plenamente e não consegue acumular os mesmos índices de carboidrato solúvel.
Outras opções para complementar a dieta dos cavalos são feno e silagem, que, assim como o capim, dependem do manejo ideal por parte do produtor. Nesse tipo de ração, uma das etapas fundamentais para assegurar a qualidade do produto é a checagem regular de coloração, aroma e consistência.
Feno velho, empoeirado ou com cheiro de bolor não é recomendado para compor a alimentação dos cavalos, visto que também pode despertar problemas intestinais. O mesmo vale para a silagem, que precisa de boa vedação e compactação durante o processo de fabricação.
Conheça o maior e mais relevante evento de agronegócio do Brasil
Fonte: Giro do Boi, Embrapa, Nutri Ave.