Grandes fazendas de soja, milho e algodão são as que mais usam os químicos para aumentar a produtividade
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A presença de agroquímicos nas lavouras brasileiras é cada vez maior. São várias as pesquisas que confirmam esse crescimento, a exemplo do mais recente Censo Agro, divulgado no fim do ano passado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com as informações levantadas em 2017, ao longo de 11 anos a quantidade de produtores rurais que afirmam usar defensivos agrícolas em sua produção subiu 20%.
A pesquisa do IBGE mostra que a proporção de gastos com agroquímicos é maior quando a extensão da lavoura é grande. Além disso, 89,9% dos produtores que, em 2017, diziam utilizar defensivos agrícolas informaram também não ter recebido qualquer orientação técnica sobre o uso correto das substâncias.
Ainda segundo o levantamento, naquele ano o valor investido em agroquímicos pelos produtores correspondia a uma média de 10% das despesas das fazendas.
Dados mais recentes foram divulgados em maio pelo Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg), em uma pesquisa encomendada à consultoria Spark.
O estudo aponta que, só no primeiro trimestre de 2020, o volume de agroquímicos utilizado nas lavouras cresceu 7,5% — foram 346 mil toneladas aplicadas no campo. A área em que os defensivos agrícolas foram utilizados foi de 550 milhões de hectares, tendo um aumento de 7,3%.
Do volume levantado, 40% correspondiam a herbicidas, 28% a inseticidas, 22% a fungicidas, 1% a produtos para tratamento de sementes e 9% a outras categorias de defensivos agrícolas.
Segundo o Sindiveg, a cultura de soja é líder no uso de agroquímicos. Os 219,5 mil hectares do setor representam 40% do total de áreas tratadas com defensivos agrícolas nos três primeiros meses de 2020. No primeiro trimestre de 2019, esse percentual era de 39%.
Em segundo lugar, estão as plantações de milho, com 185,2 mil hectares, que representam 34% da área em que defensivos agrícolas são utilizados. Na sequência, estão as propriedades de cultivo de algodão, que correspondem a 14%; depois, as plantações de cana-de-açúcar, com 4% da área tratada no Brasil.
O aumento da adesão aos agroquímicos, sobretudo nos últimos meses, coincide com uma série de fenômenos que implicam nesse crescimento. Um deles é a crescente liberação do uso de defensivos agrícolas pelo Governo Federal. Só em maio deste ano, por exemplo, o Ministério da Agricultura tornou legal a utilização de 22 substâncias até então proibidas, somando 150 liberações apenas em 2020.
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Fonte: Censo Agropecuário e Brasil de Fato.