Com apoio e suporte da Embrapa, horta comunitária é uma solução para agricultura sustentável em áreas urbanas
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Com o objetivo de agregar qualidade de vida para a população, garantir a oferta de alimentos saudáveis e promover projetos sustentáveis, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) tem criado iniciativas de apoio e suporte técnico para comunidades pequenas e carentes em áreas rurais e urbanas.
Uma das soluções oferecidas pela instituição para as cidades é a utilização de terrenos baldios como área de plantio para hortas comunitárias. Além de promover a integração entre os voluntários e moradores das comunidades, o cultivo de hortaliças nessas áreas também ajuda a fornecer vegetais orgânicos de qualidade para o consumo de famílias e alunos das escolas públicas da região.
A iniciativa não só garante a oferta de alimentos para enriquecer a nutrição da população, mas também atua dando um destino sustentável aos terrenos baldios, que muitas vezes são usados como depósito de entulhos e lixo, tornando-se um risco para a segurança e saúde dos moradores próximos a esses locais.
Um exemplo de sucesso que vale a pena ser destacado é a transformação promovida em uma área pública de 5 mil metros quadrados feita há 15 anos. O local, que era considerado um “lixão” pela população, ganhou atenção após um surto de hantavirose na região.
Com ajuda da administração regional, os moradores conseguiram realizar a limpeza do terreno. Já como solução para que o lixo não voltasse a ser depositado no local, um cultivo de hortaliças e frutíferas foi criado e se tornou a maior horta urbana do Distrito Federal.
Atualmente, o Instituto Horta Girassol tem um projeto chamado “Comunidade que Sustenta a Agricultura (CSA)”, no qual tanto produtores orgânicos quanto membros da comunidade desenvolvem parcerias entre a venda dos alimentos e as contribuições financeiras para manter o local.
Um dos maiores desafios da sustentabilidade e da agricultura urbana é a falta de espaço para o cultivo das plantas. Com o crescimento populacional e a industrialização das regiões, os espaços verdes se tornaram cada vez menos presentes nas grandes cidades.
Como solução para esse obstáculo, os jardins e as fazendas verticais estão sendo cada vez mais conhecidos e utilizados. Podendo ser instaladas em muros, paredes e prateleiras, as fazendas verticais ocupam pouco espaço e podem ser mantidas em ambientes fechados, com iluminação artificial e controle de temperatura.
Para cultivos domésticos, moradores podem instalar painéis com estruturas propícias para o desenvolvimento de plantas variadas, como ervas, temperos e espécies medicinais para consumo próprio e orgânico. Já se o objetivo é cultivar um volume mais significativo de vegetais, as fazendas verticais devem ter cuidados especiais quanto às exigências das plantas para uma maior produtividade.
Por ser um sistema de cultivo sem solo, as fazendas e os jardins verticais podem ser desenvolvidos em prédios, galpões e armazéns abandonados. De acordo com o pesquisador da Embrapa Ítalo Guedes, “esse modelo de cultivo é mais uma proposta para somar ao setor uma produção de hortaliças e frutos frescos de alta qualidade nutricional no ambiente urbano. É um sistema que aproxima a produção de alimentos dos centros urbanos e atrai jovens para o cultivo de alimentos”.
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Fonte: Embrapa.