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Safra de milho terá mais de 108 milhões de toneladas, prevê Conab

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Enquanto a colheita da primeira safra de milho está em fase de finalização e o plantio da safrinha também se aproxima da conclusão, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) espera que a produção do grão deva atingir o recorde de 108 milhões de toneladas, um resultado 2,5% maior do que a estimativa anterior e 5,4% superior à temporada 2019/2020.

O principal motivo para a elevação da expectativa é o aumento da área cultivada na segunda safra, que deve alcançar 14,68 milhões de hectares, um crescimento de 6,7% em comparação ao mesmo período de 2020. Segundo a Conab, esse resultado decorre do excelente resultado obtido na última temporada, além dos bons preços pagos pelo cereal.

Balanço do milho

Brasil precisará importar 1 milhão de toneladas de milho para atender à demanda do primeiro semestre. (Fonte: Shutterstock/Maggie Vong/Reprodução)

O resultado histórico, entretanto, não será suficiente para abastecer o mercado interno no primeiro semestre. De acordo com a Conab, a queda da produção da safra de verão poderá causar maior escassez de milho enquanto a safrinha não é colhida.

A estatal estima um consumo de 35,91 milhões de toneladas do cereal no semestre, enquanto a primeira safra deverá render apenas 23,91 milhões de toneladas, o que gera uma diferença de 12 milhões de toneladas entre a demanda e a oferta.

Esse saldo deverá ser preenchido, em grande parte, pelos estoques do grão, que iniciaram a safra com 10,6 milhões de toneladas. Entretanto, 1 milhão de toneladas precisarão ser importadas para abastecer o mercado interno.

A partir da colheita da safrinha no segundo semestre, o balanço do grão se estabiliza e gera um saldo positivo. Dessa forma, o Brasil deve exportar 35 milhões de toneladas até o fim da safra. Além disso, o estoque final esperado para 2020/2021 será de 11,7 milhões de toneladas, um aumento de 10,3% em relação à safra anterior.

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Produtividade na safra

Safrinha deve garantir elevação da produtividade do milho na temporada 2020/2021. (Fonte: Shutterstock/casa.da.photo/Reprodução)

As instabilidades do clima provocadas pelo La Niña, com o atraso das chuvas no início do plantio da safra de verão, afetaram o desempenho do milho e provocaram uma queda de produtividade, em especial nos estados da Região Sul. 

Enquanto algumas lavouras da primeira safra de 2019/2020 chegaram a produzir 6.926 quilogramas por hectare, em 2021 a produção caiu para 5.773 kg/ha. A média de produtividade nacional deverá ter um recuo de 9,5% no período, segundo projeção da Conab.

Na safrinha, o retardamento no plantio da soja e suas consequências, bem como o excesso de chuvas em algumas localidades, preocuparam os produtores. Apesar dos riscos climáticos, os preços recordes do milho e a elevada rentabilidade continuam estimulando os investimentos nas plantações.

Dessa forma, a produtividade média nacional deverá crescer 3,4% na segunda colheita e, por conta do grande volume da safrinha, o resultado deve anular as perdas da primeira safra. Ao final de 2020/2021, a média de produtividade nacional deverá girar em torno de 5.543kg/ha, o que representa um ligeiro crescimento de 0,2% frente ao período anterior.

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Fonte: Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho). 

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