Rotação de cultura: como a alternância de alimentos melhora as colheitas

9 de abril de 2020 3 mins. de leitura
Técnica melhora produtividade no campo, além de ser uma prática sustentável

A rotação de culturas consiste em alternar ordenadamente espécies vegetais distintas na mesma área e estação do ano em diferentes intervalos de tempo. Recomenda-se que as espécies escolhidas tenham potencial tanto comercial quanto de recuperação do solo. Ao adotar essa prática, além dos benefícios financeiros e estruturais, evita-se o desenvolvimento de pragas e doenças.

O cultivo de uma única plantação durante várias safras ou a sucessão de culturas em diferentes épocas do ano (safra e entressafra) geralmente provocam degradações física, química e biológica do solo, que fica empobrecido e derruba os índices de produtividade, bem como favorece o aparecimento de doenças e plantas daninhas.

Com a rotação de culturas, esses efeitos podem ser revertidos ou minimizados. Além de proteger e conservar a qualidade do solo, esse processo proporciona a sustentabilidade da cultura pela maior diversidade de espécies.

Dessa forma, a rotação de culturas:

  • melhora as características física, química e biológica do solo;
  • auxilia no controle de plantas daninhas, doenças e pragas;
  • repõe a matéria orgânica;
  • protege o solo de ações climáticas;
  • viabiliza o sistema de plantio direto;
  • incrementa a produtividade agrícola.
(Fonte: Shutterstock)

Como aplicar a rotação de culturas

Para otimizar a eficiência da capacidade produtiva do solo, o planejamento da rotação de culturas deve considerar preferencialmente o uso de plantas comerciais, uma vez que estas geram renda para o produtor rural. Recomenda-se a utilização de espécies que tenham sistemas radiculares distintos (raízes diferentes), pois cada tipo deixa um efeito residual positivo ao solo e à cultura sucessora, como é o caso das gramíneas e leguminosas.

Sempre que possível, é importante associar espécies que, além de terem um rápido desenvolvimento, produzam grande quantidade de biomassa e sejam cultivadas isoladamente. Isso propicia excelentes condições para a manutenção de altas produtividades ou recuperação de áreas degradadas.

O produtor precisa considerar em seu planejamento que não basta estabelecer e conduzir uma sequência mais adequada de culturas distribuídas na propriedade, é necessário utilizar as demais tecnologias e técnicas que estão à disposição a fim de melhorar a produtividade. Tais como:

  • métodos específicos de controle de erosão;
  • cultivares adaptadas;
  • seleção e tratamento de sementes de qualidade;
  • determinação de época e densidade de semeadura;
  • defensivos para controle de pragas e doenças;
  • calagem;
  • adubação.

A escolha das espécies para a rotação de culturas é fundamental na obtenção de um sistema mais produtivo e sustentável. No Brasil, as plantas utilizadas são de cobertura e adubos verdes, como aveia-branca (Avena sativa), aveia-preta (Avena strigosa), tremoço (Lupinus albus L), milheto (Pennisetum glaucum), girassol (Helianthus annuus), espécies variadas de pastagens, entre outras.

Vale ressaltar que a determinação do melhor tipo de rotação para cada propriedade é uma tarefa complexa e exige embasamento técnico de um profissional. Assim, a diversificação é realizada levando-se em conta a disponibilidade de sementes e sempre de acordo com as características de cada região produtora.

(Fonte: Shutterstock)

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Fonte: Boas Práticas Agronômicas

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