Comitê europeu reavaliou liberação de substâncias visando à implementação de medidas sustentáveis no agronegócio local
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A União Europeia (UE) tem trabalhado para reduzir o uso de agrotóxicos. No fim de maio, o bloco econômico anunciou a meta de redução de 50% no uso dessas substâncias e de 20% na utilização de fertilizantes no agronegócio local.
O projeto chamado Farm to Fork pretende recompensar financeiramente os produtores que adotarem medidas de sustentabilidade em seus processos de produção. O comunicado oficial do grupo ressalta a importância de diminuir os danos ambientais causados pela atividade rural e criar um sistema alimentar saudável.
Assim como a diminuição no uso de pesticidas pelos produtores europeus, o pacote de medidas sugere que 25% das terras agrícolas sejam destinados à cultura orgânica. De acordo com a UE, agricultores, pescadores e aquicultores cumprem papel importante no resgate do meio ambiente.
O novo acordo leva em consideração a pandemia de covid-19 e as transformações que ela deve causar na sociedade nos próximos anos. O bloco acredita que a implementação do agronegócio sustentável pode auxiliar na recuperação financeira do continente e prepara os países para o futuro do planeta.
Além dos incentivos financeiros destinado àqueles que aderirem ao tratado, a UE enxerga a necessidade de gerar um ambiente mais saudável nos campos, reduzindo a exposição animal a pestes e doenças e elevando a qualidade dos alimentos produzidos.
Para que o pacote de medidas sustentáveis passe a valer no bloco econômico, o Parlamento Europeu e seu Conselho ainda devem revisar a proposta e aprová-la. O acordo pode impactar diretamente na proteção da vida humana e selvagem no planeta.
De acordo com o levantamento feito pela organização jornalística Unearthed, financiada pela ONG Greenpeace, Brasil e Índia têm sido destino para agrotóxicos “altamente perigosos” — a publicação aponta que o Brasil é o país que mais compra pesticidas no mundo. No fim de novembro de 2019, o governo federal aprovou a utilização de 439 novos agrotóxicos, sendo mais da metade proibidos na Europa. Os dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) indicam que essa foi a maior liberação nos últimos 10 anos.
De acordo com o departamento de informática do Sistema Único de Saúde (DataSus), base de dados do Ministério da Saúde, 54 mil pessoas sofreram contaminação por agrotóxico no País na última década. Isso representa uma pessoa intoxicada a cada pouco mais de uma hora.
O país sul-americano tem ido na contramão das recentes propostas do agronegócio mundial. Ainda assim, as técnicas de agricultura sustentável têm buscado seu espaço no ciclo de produção brasileiro. A utilização de bioinsumos, o manejo integrado de pragas (MIP) e outras formas de gestão sustentável de resíduos compõem a base de medidas tomadas para elevar a produtividade e qualidade dos alimentos sem a necessidade de intervenção química no solo.
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Fonte: Repórter Brasil e Lonax.