Relatórios mostram queda no abate de bovinos e aumento no consumo de carne suína e ovos no primeiro trimestre de 2021
Publicidade
Conheça o mais relevante evento sobre agronegócio do País
De acordo com o relatório trimestral de proteína animal elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgado pelo Radar Agro do Itaú BBA, o setor de carnes registrou um total de 6,5 milhões de toneladas nos três primeiros meses de 2021, em todo o Brasil.
Desse total, o estado do Paraná – maior produtor nacional de proteína animal – foi responsável por 1,5 milhão de toneladas, ou seja, cerca de um quarto de toda a produção de carne do País.
Os dados mostram que o volume total de carne produzida no Brasil sofreu uma queda em comparação ao mesmo período de 2020. No entanto, o estado do Paraná conseguiu manter bons resultados, registrando uma alta de 4,8% no período.
Além da liderança na produção total de proteína animal, o estado também lidera com grande vantagem a produção de carne de frango (1/3 do volume total do País) e está em segundo lugar com a carne suína, com um aumento de 10,6% no trimestre.
Apesar dos bons números apresentados pelo estado do Paraná, o relatório do IBGE mostra que o País vem sofrendo uma tendência de queda no volume das carnes. O abate de carne bovina, por exemplo, teve redução pelo sexto trimestre consecutivo.
O abate total de carne bovina teve uma retração de 10,6% (6,5 milhões de cabeças), de acordo com relatório do IBGE. Na análise isolada de fêmeas, a queda foi ainda mais expressiva, chegando a 23%.
A média de participação das fêmeas nos abates do primeiro trimestre de 2021 foi de 36%, mostrando uma diminuição significativa na presença de vacas e novilhas em relação aos anos anteriores.
Da perspectiva do abate considerando a produção de carcaças bovinas, que foi de 1,7 milhão de toneladas, a redução foi de 7,3% em relação às cabeças abatidas. A queda nesse ponto foi menor devido ao maior interesse dos produtores em produzir animais mais pesados e ganhar vantagem nos preços de venda do animal terminado.
Nessa estratégia, os produtores buscam compensar a entrega de um número menor de animais por meio de animais mais pesados. Com isso, o peso médio das carcaças cresceu 3,7% no mesmo comparativo.
As exportações de carne bovina no 1T21 tiveram uma redução de 1,4%, e o consumo interno foi negativo, em 9,1%. O consumo doméstico dessa proteína dentro desse período foi de 70%, contra 72% no primeiro trimestre de 2020.
Em direção diferente da carne bovina, a carne suína teve um aumento de 5,7% nos abates do primeiro trimestre de 2021. Essa alta totalizou 12,6 milhões de cabeças abatidas no período.
Além disso, o setor também registrou aumento de 2% no peso médio das carcaças, o que contribuiu para um saldo positivo de 7,8% no crescimento da produção total da carne suína – que foi de 1,16 milhão de toneladas no 1T21.
As exportações de proteína suína tiveram um aumento significativo de 22,6% nesse período, e o consumo interno também demonstrou expansão de 4,8%, chegando a 930 mil toneladas.
No setor da avicultura, os resultados foram positivos de modo geral. Os abates tiveram um crescimento de 3,3% em comparação ao primeiro trimestre de 2020, com 3,7 milhões de toneladas de carne de frango produzidas.
O peso médio das carcaças registrou um aumento de 1,9%, o que ajudou a impulsionar a produção total de carne em 5,3%. As exportações também foram positivas para a avicultura, com um acréscimo de 1,5% no 1T21 e crescimento de consumo estimado em 6,8%.
A produção de leite teve um aumento de 1,8% em relação ao mesmo período de 2020, totalizando 6,56 bilhões de litros. Já a produção de ovos de galinha teve um acréscimo de apenas 0,3%, somando 978,2 milhões de dúzias no 1T21.
Não perca nenhum fato que acontece no agronegócio. Inscreva-se em nossa newsletter.