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A caixa de 40,8 kg de laranja-pera na árvore registrou o valor de R$ 32,78, a maior média nominal para um mês de setembro na média histórica do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), iniciada em outubro de 1994. O preço representa uma alta de 9,2% com relação a agosto e é 68% maior do que setembro de 2019.
O ritmo de vendas de laranja não perdeu fôlego em São Paulo, principal estado produtor da fruta no Brasil, apesar do período de alta do fim de setembro e do aumento crescente dos preços a partir de julho. Ao longo de outubro, o aumento do consumo causado pela onda de calor e a baixa oferta da fruta continuaram segurando os preços da laranja.
Durante o período de 5 a 8 de outubro, a laranja-pera registrou média de R$ 35,09 pela caixa de 40,8 kg. Os preços continuaram subindo, e a média calculada pelo Cepea saltou para R$ 39,71/cx no período de 13 a 15 de outubro. Na semana seguinte, a aceleração diminuiu, mas o valor da fruta continuou subindo, chegando a R$ 40,47/cx na média de 19 a 22 de outubro.
Clima seco
O clima seco em São Paulo é o principal responsável pela elevação de preços da laranja. A falta de chuvas restringiu a oferta do produto no mercado nacional. A chegada de variedades tardias amenizou a falta de frutas no mercado, mas não foi capaz de segurar a valorização da pera.
A estiagem prejudicou a qualidade das frutas, que estão miúdas, murchas e têm-se cristalizado, além de ter diminuído as expectativas de colheita para a safra 2020/2021. Isso deve impactar na eficiência da extração e a qualidade do suco produzido pelas fábricas.
Os citricultores aguardam que a chegada das chuvas intensas no final de outubro ajudem a diminuir o impacto da seca nas safras atual e próxima. No entanto, os meteorologistas afirmam que as precipitações ficarão abaixo da média para o período.
Queda nas exportações
Nos três primeiros meses da safra 2020/21, o Brasil exportou 223,7 mil toneladas de laranja a um total de US$ 316,7 milhões, segundo dados divulgados pelo CitrusBR, entidade que reúne as grandes indústrias exportadoras do produto brasileiro. Os números representam um queda de 40% no valor e 26% no volume durante a temporada de julho a setembro de 2020, quando comparadas ao mesmo período do ano anterior.
A União Europeia foi o principal destino do suco brasileiro, sendo responsável pelos embarques de 140,7 mil toneladas no trimestre, com uma receita total de US$ 197 milhões, uma redução de 17,6% em volume e de 51% no valor total.
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Fonte: Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), Hf Brasil, Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos/Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Cptec/Inpe), CitrusBR.