Ícone do site Canal Agro Estadão

Pandemia de coronavírus não vai impactar fornecimento de carne

O mundo todo passa por uma crise sem precedentes na história, por conta da pandemia causada pelo novo coronavírus. Diversos setores foram afetados, entre indústrias, serviços e o comércio. O abastecimento de carne para o mercado, entretanto, vai se manter normal, de acordo com participantes do setor.

Diante do cenário atual, muitos consumidores têm preferido abastecer mais as residências. Contudo, segundo um levantamento realizado pela Associação Brasileira das Indústrias de Carnes (Abiec), o fornecimento de carne bovina está garantido no Brasil mesmo durante o período de crise da covid-19.

Na realidade, a falta de algumas mercadorias não está associada ao fornecimento. Com medo de não encontrarem alguns itens no mercado, consumidores acabam levando para casa quantidades maiores do que normalmente, o que ocasiona a escassez. Isso significa um aumento na demanda, e não um problema de abastecimento.

Setor preparado

(Fonte: Shutterstock)

Embora a situação se torne crítica para alguns setores da indústria, o presidente da Abiec, Antônio Jorge Camardelli, garante que a produção de carne vai atender à demanda da população. Na realidade, de acordo com as projeções da categoria, a produção de carne bovina deve superar em 35,5% o volume projetado para o consumo no país para este ano. Ou seja: a indústria prevê um fornecimento maior do que o mercado consegue consumir.

Como a produção para suprir esse crescimento já está em andamento nas fazendas, não há risco de desabastecimento de carne. A dinâmica da cadeia produtiva do setor não será interrompida, muito embora medidas de segurança estejam sendo tomadas.

“O foco de atuação do setor está em produzir observando a saúde de todos os colaboradores e a segurança sanitária da nossa carne, garantindo o abastecimento para todos”, ressalta o presidente da Abiec. Portanto, a segurança dos trabalhadores do setor também é uma preocupação da associação, especialmente diante do risco de contaminação pelo novo coronavírus.

No entanto, o surto de coronavírus originado na China deve ter um grande impacto nas importações de carne. Ao contrário do que se pode imaginar, pode ser que a demanda do país asiático aumente exatamente para dar conta da crise instalada. Ao menos foi isso que aconteceu no ano 2000, após o surto da Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars).

Empresas preparadas

(Fonte: Shutterstock)

A maior exportadora de carne de frango, a BRF, também garante que o fornecimento não será prejudicado pela pandemia. Apesar dos impactos causados pelo avanço da covid-19, a empresa segue enviando seus produtos ao exterior e batalhando para manter a logística diante da crise.

A BRF ainda informou que “possui um plano de contingenciamento para garantir a operação no Brasil e no mundo e continua operando neste momento, mantendo o funcionamento de seus complexos industriais, centros de distribuição, logística, cadeia de suprimentos e escritórios de apoio, não apresentando qualquer alteração em sua programação de produção, operação e/ou comercialização”.

Outras companhias do setor asseguram que o fornecimento para o mercado não será interrompido. Marfrig, produtora de carne bovina, afirmou que mantém suas unidades em funcionamento para alimentar brasileiros e milhões de pessoas em mais de cem países.

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) também informou que “os setores de aves, ovos e suínos do Brasil estão empenhados na manutenção do fluxo de oferta de alimentos para a população brasileira, em meio à crise da covid-19”. As entidades do setor estão em contato direto com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para gerenciar e identificar situações pontuais que necessitem de ações rápidas para ajustar a fluidez do processo produtivo, que já impacta outros segmentos do agronegócio.

Se interessou pelo assunto? Aprenda mais com especialistas da área no Summit Agro. Enquanto isso, acompanhe as notícias mais relevantes do setor pelo blog. Para saber mais, é só clicar aqui.

Fonte: Associação Brasileira das Indústrias de Carnes (Abiec) e Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

Sair da versão mobile