Novo lockdown na Inglaterra: impactos na exportação agrícola

7 de janeiro de 2021 3 mins. de leitura
Com novas medidas, cenário de produtores agrícolas que exportam para a Europa se torna instável

O primeiro-ministro Britânico, Boris Johnson, anunciou na primeira semana de 2021 um novo lockdown para toda a Inglaterra. Essa medida se tornou necessária diante de uma outra onda de contaminação da covid-19, além de uma nova cepa registrada na região que apresenta um potencial de contaminação ainda maior.

“Nós temos agora uma nova variante do vírus, tem sido frustrante e alarmante a velocidade com que essa variante se espalha. Cientistas confirmaram que a nova cepa é de 60% a 70% mais transmissível”, explicou o primeiro-ministro.

De acordo com as medidas impostas no sistema de lockdown, fica proibida a abertura e o funcionamento de escolas, bares e restaurantes. Para os trabalhadores, o governo recomenda o trabalho em casa, a não ser que o profissional faça parte de serviços essenciais ou daqueles que não podem ser executados em home office.

Além disso, as proibições e as restrições também se estendem a viagens e mercadorias, causando um novo impacto negativo para a exportação e economia mundial.

Impactos do lockdown aos produtores que exportam para a Europa

A nova onda de contaminações e o surgimento de uma variante ainda mais contagiosa reacendem as preocupações em relação à economia mundial. Com a paralisação do comércio e a necessidade da população ficar em casa, o comportamento do consumidor e o poder de compra das famílias sofrerão impactos semelhantes aos do início da pandemia, o que afeta de maneira direta o mercado.

Além disso, a paralisação das atividades e das entradas aéreas nos países causa uma forte queda nas demandas de mercadorias e produtos de outras nações, como é o caso das commodities agrícolas brasileiras. 

Outra variável que tende a ser impactada pelo lockdown e pelas incertezas diante da nova cepa do coronavírus é a cotação do dólar, que também exerce influência no preço dos alimentos nos mercados interno e externo. A Europa e os EUA têm grande peso no comércio internacional, por isso produtores que negociam com os países devem estar atentos às mudanças para elaborarem ações estratégicas que evitem prejuízos.

Um exemplo de estratégia que pode funcionar para amenizar os impactos é buscar novas parcerias comerciais com os países da Ásia, que mantiveram uma alta demanda durante a pandemia, garantindo o escoamento de produção mesmo com as quedas e instabilidades da Europa.

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Fonte: CNN.

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